Hepatite B na Amazônia ocidental brasileira: conhecimento e medidas de biossegurança entre profissionais de enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/jeic.v10i2.13324

Palavras-chave:

Hepatite B. Biossegurança. Enfermagem.

Resumo

Justificativa e objetivos: A biossegurança é de extrema importância para os profissionais de enfermagem, principalmente em áreas de elevado padrão endêmico para agravos como a infecção por vírus da hepatite B. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo descrever aspectos relacionados às medidas de biossegurança e à infecção por vírus da hepatite B entre profissionais de enfermagem na Amazônia ocidental brasileira. Métodos: Estudo transversal, descritivo, realizado com profissionais de enfermagem atuantes no centro obstétrico de um hospital materno infantil. Resultados: 30 profissionais participaram da pesquisa, sendo 33,3% enfermeiros e 66,7% técnicos de enfermagem. A maioria foi do sexo feminino (70%) com média de idade de 40,9 anos. Para toda a amostra, 86,7% dos profissionais declararam esquema vacinal completo contra a hepatite B. Entre os técnicos de enfermagem, 15% declararam não ter realizado o anti-HBs. Quanto ao uso de equipamentos de proteção individual, 60% dos profissionais declararam uso esporádico. Para 80% dos enfermeiros e 60% dos técnicos de enfermagem, não houve oferta de treinamento em biossegurança. Sobre acidentes, 70% dos enfermeiros e 35% dos técnicos de enfermagem declararam ter sofrido algum tipo de exposição. Entre os enfermeiros, 85,7% afirmaram não ter notificado o evento. Entre os que sofreram acidente, 42,9% o relacionaram à carga horária excessiva. Conclusão: Os profissionais de enfermagem reconhecem a hepatite B como uma condição de alta incidência na região amazônica, o que exige medidas mais rígidas de biossegurança devido aos riscos. No entanto, apesar dos grupos investigados, em sua maioria, declararem um esquema completo de vacinação para a doença, foi observado relatos de falta de treinamento, uso esporádico de equipamentos de proteção individual, limitações nos testes de imunização (anti-HBs) e subnotificação de acidentes com risco biológico.

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Biografia do Autor

Marcelo Siqueira de Oliveira, Universidade Federal do Acre

Universidade Federal do Acre, Campus Cruzeiro do Sul, bacharelado em enfermagem - Brasil

Amanda Cruz Soares, Universidade Federal do Acre

Universidade Federal do Acre, Campus Cruzeiro do Sul, bacharelado em enfermagem - Brasil.

Ítala Maria Araújo Andrade, Universidade Federal do Acre

Universidade Federal do Acre, Campus Cruzeiro do Sul, bacharelado em enfermagem - Brasil.

Helen Fernanda Rogério Cameli, Secretaria de Estado de Saúde do Acre

Enfermeira, hospital da mulher e da criança Irmã Maria Inete della Senta – Brasil.

Viviane Taís Ponci Silva, Secretaria de Estado de Saúde do Acre

Enfermeira, hospital da mulher e da criança Irmã Maria Inete della Senta – Brasil.

Publicado

2020-04-05

Como Citar

Oliveira, M. S. de, Soares, A. C., Andrade, Ítala M. A., Cameli, H. F. R., & Silva, V. T. P. (2020). Hepatite B na Amazônia ocidental brasileira: conhecimento e medidas de biossegurança entre profissionais de enfermagem. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 10(2). https://doi.org/10.17058/jeic.v10i2.13324

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL