Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/jeic.v10i2.14018

Palavras-chave:

infecção hospitalar, gestão de antimicrobianos, recém-nascidos, unidades de terapia intensiva neonatal

Resumo

Justificativa e objetivos. Bactérias Gram-negativas resistentes a carbapenêmicos (BGN-CR) são um problema de saúde pública global, pela possibilidade de causar infecções intratáveis em neonatos. O objetivo foi descrever o controle das taxas de BGN-CR causando infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINEO). O consumo de antimicrobianos/carbapenêmicos também foi avaliado. Métodos. Estudo prospectivo descritivo das IRAS em uma UTINEO, durante 1 ano. O consumo de antimicrobianos/antibióticos foi medido em dias de terapia/1000pacientes-dia (DOT/1000PD) Resultados e conclusões: Entre setembro de 2017 e setembro de 2018, admitimos 308 pacientes, a maioria com peso>1500g (303/308-98,4%), totalizando 2223 pacientes-dia. Oito IRAS foram registradas, correspondendo a uma taxa de 2,6% (ou densidade de incidência de 3,6/1000PD). Em cinco das oito infecções (62,5%), um agente infeccioso foi isolado, sendo três bactérias Gram-negativas (todas Klebsiella pneumoniae, 2 com perfil de produção de beta-lactamase de espectro estendido) e duas infecções por Candida sp. Não houve infecção por BGN-CR. O consumo total de antimicrobianos em DOT/1000PD foi de 1638 e o de carbapenêmicos 49,3; o que representou 3% do total, com tendência de queda durante o ano. Em setembro de 2017, implementamos um programa de gestão de antimicrobianos (PGA), em adição às medidas de controle de infecção realizadas desde 2005. Os elementos-chave do PGA foram: auditoria de antibióticos e feedback, restrição de antimicrobianos-alvo e maior rapidez na liberação de resultados de culturas. Verificamos adequado controle de BGN-CR, não sendo encontrada infecção por este agente, tendência de queda no consumo de antimicrobianos e carbapenêmicos.

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Biografia do Autor

André Ricardo Araujo da Silva, Departamento Materno-Infantil, Universidade Federal Fluminense

Professor adjunto da Universidade Federal Fluminense- Doutor em Ciências pelo IPEC-FIOCRUZ, Mestre em Doenças Infecciosas e Parasitárias-UFRJ. Coordenador da Comissão de Prevençãoe Controle de Infecção Hospitalar Prontobaby e Centro pediátrico da Lagoa

Publicado

2020-04-05

Como Citar

Araujo da Silva, A. R., de Almeida, A. T., Arantes, I. V., de Oliveira, J. V. M., & Schwarzer, L. T. (2020). Controle de infecções relacionadas à assistência à saúde por bactérias Gram-negativas resistentes à carbapenêmicos em unidade de tratamento intensivo neonatal do Rio de Janeiro. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 10(2). https://doi.org/10.17058/jeic.v10i2.14018

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL