Persistência e subnotificação da esquistossomose mansônica em município da Zona da Mata de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v11i4.15643Palavras-chave:
Esquistossomose. Endemia. Parasitose. BiomphalariaResumo
Justificativa e Objetivos: A esquistossomose mansônica é uma doença crônica negligenciada
cuja causa é o Schistosoma mansoni, sendo endêmica no Brasil. Apresenta acometimento
sistêmico e tem como manifestações clínicas desde dermatites até síndromes clínicas graves com
manifestações neurológicas e/ou hepáticas, como cirrose hepática. Apesar de a incidência haver
diminuído na última década, estima-se que haja subnotificação no país. Esta pesquisa teve como
objetivo verificar a existência de subnotificação e a persistência do caráter endêmico da
esquistossomose em um município no interior estado de Minas Gerais (MG) em 2016. Métodos:
Trata-se de estudo transversal descritivo com base em dados secundários relativos a resultados
positivos de exames parasitológicos e sorológicos para esquistossomose em residentes do
município em sete dos oito laboratórios de análises clínicas existentes. Resultados: Dos 29.266
exames avaliados por todas as técnicas, 80 foram positivos, dos quais 50 casos foram
confirmados, com prevalência estimada em 0,17% (IC95% 0,13-0,23%). Nesse ano, foram
notificados também 31 casos de esquistossomose no SINAN-MG. Conclusão: A
esquistossomose em Ponte Nova, MG, persiste com padrão epidemiológico de endemicidade e
situação operacional de vigilância de subnotificação. Ressalta-se a importância de fortalecer
ações de vigilância e de controle para a doença, incluindo a monitorização das áreas endêmicas
para o vetor e o tratamento precoce dos pacientes com PSE positivo.
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