Caracterização das infecções relacionadas a assistência à saúde em unidade de terapia intensiva adulto
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v12i1.16471Palavras-chave:
Controle de Infecções, Enfermagem, Cuidados CríticosResumo
Justificativa e Objetivos: as infecções relacionadas à assistência à saúde aumentaram gradativamente nos últimos anos e sua ocorrência em unidades de terapia intensiva é maior que em outras internações hospitalares. Para desenvolver e aplicar medidas preventivas é necessário primeiramente conhecer as características da população atendida e das infecções; assim o objetivo foi caracterizar as infecções relacionadas à assistência à saúde nos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva Adulto em 2019. Métodos: estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo realizado em Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital de referência, regional e terciário no interior do estado de São Paulo. Foram incluídos dados de pacientes maiores de 18 anos que estiveram internados nas Unidades de Terapia Intensiva Adulto do referido hospital, com diagnóstico confirmado de infecções relacionadas à assistência à saúde em 2019. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, teste t de student para as variáveis quantitativas e Qui-quadrado de Pearson para as categóricas. O trabalho foi aprovado com dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Tcle) pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Resultados: a média de idade dos participantes foi de 55,6 anos (desvio padrão 19,7) com acometimento maior no sexo masculino (64%) e com comorbidades (72%), sendo hipertensão arterial sistêmica a mais prevalente (43%). Quanto aos procedimentos e dispositivos, a maioria estava em ventilação mecânica (87%), sedado (77%), em uso de sonda vesical de demora (96%) e com cateter venoso central (94%). O microrganismo isolado com maior incidência foi Klebsiella Pneumoniae (9%). O antibiótico mais utilizado para combater os microrganismos foi Vancomicina (66%). Como desfecho, 47% dos pacientes tiveram alta e 53% evoluíram para o óbito. Conclusão: Dentre as infecções analisadas, o microrganismo mais prevalente foi a Klebsiella Pneumoniae e as infecções do trato respiratório foram as mais prevalentes; a idade foi a única variável relacionada ao desfecho.
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