Riscos de infecção relacionados a procedimentos estéticos: perfil microbiano e percepção profissional sobre medidas de prevenção de infecção
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v11i4.16918Palavras-chave:
Beauty and Aesthetics Centers, Infection Control, Delivery of Health Care, Environmental MicrobiologyResumo
Justificativa e Objetivos: Este estudo teve como objetivo identificar a presença de microrganismos no ambiente estético e avaliar o conhecimento dos profissionais sobre medidas relevantes de prevenção de infecções, considerando a importância do tema e a falta de estudos nesta área. Métodos: Foram visitadas 100 clínicas que realizam procedimentos estéticos minimamente invasivos em Porto Alegre (RS), Brasil. Foram considerados procedimentos injetáveis como aplicação de toxina botulínica, preenchedores faciais, microagulhamento, bioestimuladores de colágeno, fios de sustentação, peelings químicos e depilação a laser. Um questionário sobre medidas de prevenção de infecção foi respondido por 50 profissionais. Além disso, 100 amostras foram coletadas do ambiente para identificação bacteriana e teste de sensibilidade aos antimicrobianos. Resultados: Existia protocolo de prevenção de infecção em 40% dos ambulatórios, no qual 95% dos profissionais entrevistados possuíam ensino superior completo. Treinamento profissional periódico sobre medidas de controle de infecção foi realizado em 72% dos ambulatórios. Autoclave foi utilizada para esterilização de materiais e instrumentais em 66% das clínicas. Das amostras coletadas, 85% apresentaram crescimento bacteriano nas culturas microbiológicas. Staphylococci coagulase-negativo foi o gênero mais prevalente encontrado; e 16% deles eram resistentes à cefoxitina, eritromicina e clindamicina. Quatro isolados foram positivos para mecA por PCR. Conclusão: A presença de profissionais devidamente treinados é fundamental nas clínicas de estética, para que medidas de biossegurança e prevenção de infecções sejam tomadas.
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