Perfil epidemiológico de acidentes envolvendo animais peçonhentos no Maranhão no período de 2012 a 2021
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v14i1.18411Palavras-chave:
Acidentes, Animais Peçonhentos, EpidemiologiaResumo
Justificativa e Objetivos: a segunda maior causa de envenenamento humano no Brasil é ocasionada por animais peçonhentos. Dessa forma, este estudo visou analisar dados clínicos e sociodemográficos, a fim de traçar o perfil epidemiológico dos acidentes envolvendo animais peçonhentos no Maranhão. Métodos: trata-se de estudo ecológico de abordagem quantitativa, realizado a partir da coleta de dados pelo Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) de acidentes por animais peçonhentos ocorridos no estado do Maranhão no período de 2012 a 2021. Resultados: dos 34.808 casos notificados, constatou-se que a maior incidência ocorreu no ano de 2019 e, em geral, janeiro é o mês em que mais se registram acidentes. Ao analisar o perfil sociodemográfico, nota-se que a maior parte das vítimas é representada por indivíduos do sexo masculino, entre 20 e 39 anos, com grau de escolaridade não identificado. Tratando-se de critérios clínicos e epidemiológicos, evidenciou-se que as serpentes do gênero Bothrops são as responsáveis pela maior incidência, sendo que a maior parte dos atendimentos envolvendo animais peçonhentos ocorreu no intervalo de 1-3 horas após a picada. Entre os casos identificados, 63% foram descritos como leve e 82% evoluíram para a cura. Conclusão: o perfil epidemiológico descrito no estudo pode ser utilizado por agentes de saúde para o planejamento de medidas preventivas na Atenção Primária à Saúde, e conhecer o perfil das vítimas é essencial para prevenir e promover uma assistência de qualidade.
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