Atendimento antirrábico humano pós-exposição, Paraná - 2007 a 2022: fatores demográficos e causalidade
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v14i2.18918Palavras-chave:
Raiva, Profilaxia Pós-exposição, Causalidade, epidemiologiaResumo
Justificativa e Objetivos: Antropozoonose de relevância global, a raiva apresenta alta letalidade e requer atendimento qualificado, assim como atenção às espécies agressoras. Assim, o objetivo foi descrever o perfil sociodemográfico e a causalidade de atendimentos antirrábicos humanos pós-exposição notificados entre 2007 e 2022 no município de Ponta Grossa, Paraná. Método: Estudo epidemiológico descritivo e quantitativo realizado com dados secundários obtidos das fichas de notificação de atendimento antirrábico humano no município de Ponta Grossa, Paraná, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2022. Os dados foram coletados do sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN) e tabulados no programa Excel. As variáveis analisadas foram: fatores sociodemográficos, data de atendimento, tipo de exposição e espécie do animal envolvido. Os dados foram analisados a partir de frequência absoluta e relativa. Resultados: A amostra foi composta por 16.668 casos. O perfil sociodemográfico dos usuários que buscaram atendimento antirrábico foi dividido em 51,93% do sexo masculino, 92,98% brancos e 4,55% pardos, 15,77% com idade entre 20 e 29 anos. Quanto à causalidade, 90,35% das notificações decorreram de mordeduras, e 95,60% destas foram causadas pela espécie canina e 4,43% pela felina. Conclusão: Apesar do predomínio de notificações decorrentes de acidentes envolvendo mordeduras, é necessário sensibilizar os profissionais da saúde e a população sobre a importância epidemiológica dos outros tipos de potenciais exposições ao vírus da raiva.
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