Higienização das mãos e uso de máscara: análise de concordância entre profissionais da atenção primária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v15i1.19366

Palavras-chave:

Covid-19, Atenção Primária à Saúde, Higienização das Mãos, Máscara facial.

Resumo

Justificativa e Objetivo: Precauções Padrão são efetivas na redução da contaminação por Covid-19. Tem-se como objetivo analisar a adesão da higienização das mãos e uso de máscaras nas diferentes categorias profissionais durante a Covid-19 entre profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Estudo transversal realizado no Brasil em ambiente virtual, entre agosto de 2020 e março de 2021. Foram convidados a participar da pesquisa os profissionais que compõem a equipe mínima da atenção básica sendo eles, os enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos. Para coleta de dados utilizou-se o instrumento validado “E.P.I.-APS Covid-19”. Para análise estatística utilizou o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e, o teste kappa para avaliar a concordância das respostas. Resultados: Participaram 87 profissionais da APS, sendo 29 enfermeiros, 29 técnicos de enfermagem e 29 médicos. A frequência de higienização correta das mãos e uso de máscara foi baixa entre os profissionais. Os técnicos de enfermagem foram os que apresentaram maior frequência de higienização correta das mãos e uso correto de máscara cirúrgica em comparação aos enfermeiros e médicos. Houve concordância regular entre os enfermeiros e médicos em relação a Higienização das mãos. Concordância substancial entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, entre enfermeiros e médicos e, moderada entre técnicos de enfermagem e médicos em relação ao uso de máscara. Conclusão: os resultados evidenciam a necessidade de implementação e fortalecimento de ações relacionadas a melhores práticas de Higienização das mãos e uso de máscara pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde.

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Biografia do Autor

Ana Paula Mendes Carvalho, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil.

Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Mestrado em Saúde e Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFMG e Doutorado em Saúde e Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFMG. Atua em pesquisas relacionadas à epidemiologia da hanseníase, à prevalência de infecção na população e em contatos domiciliares de casos de hanseníase, ao diagnóstico molecular da hanseníase, à suscetibilidade genética ao Mycobaterium leprae. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Hanseníase (NEPHANS). Servidora efetiva no cargo de Especialista em Políticas e Gestão da Saúde (EPGS) na Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Camila Cristina Gregório de Assis, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Brasil.

Enfermeira preceptora no Centro Universitário Universo- Juiz de Fora; Enfermeira e Responsável Técnica Ágape Saúde em Casa- Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Juiz de fora -- Bolsista CNPQ- Núcleo de Estudos em Infecções e Complicações relacionadas à Assistência à Saúde (NEICAS) (UFJF). Professora da Faculdade Santos Dumont - Especialista em cuidados de Enfermagem em Terapia Intensiva Neonatal/adulto pela (FAC/REDENTOR 2019)- Especialista em gestão e auditoria nos serviços. Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário Universo. Possui experiência e/ou interesse em: Saúde Coletiva, Saúde da Mulher, Saúde do adulto e idoso, Enfermagem em Home-Care, Gestão em enfermagem, Clínica Médica e Enfermaria, Atenção Primária a Saúde, Unidade de Terapia Intensiva, Saúde do trabalhador, Saúde Ocupacional, Biossegurança, Simulação Clínica.

Herica Silva Dutra, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Brasil.

Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com sanduíche na University of Florida (EUA). Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF. MBA em Gestão da Saúde, Acreditação e Auditoria pela UFJF. Especialista em Cuidados Intensivos com ênfase no cliente neonatal pela UFF. Professora Adjunta da Faculdade de Enfermagem e professora permanente do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem da UFJF. Professora coordenadora da Liga Acadêmica em Segurança do Paciente da Faculdade de Enfermagem da UFJF. Membro do Núcleo Zona da Mata Mineira da Rede Brasileira de Enfermagem em Segurança do Paciente (REBRAENSP). Presidente da Comissão Memorial da Faculdade de Enfermagem da UFJF. Atua na Enfermagem com ênfase em Gerenciamento em Enfermagem, Segurança do Paciente, Terapia Intensiva Neonatal e História de Enfermagem. Bolsista de Desenvolvimento Tecnológico Industrial do CNPq - Nível C (2020-2021).

Fernanda Moura Lanza, Universidade Federal de São João del Rel, Divinópolis, Brasil.

Professora Associada I do Curso de Enfermagem na Universidade Federal de São João del-Rei, Campus Centro Oeste Dona Lindu, Grupo de Atuação Docente Saúde Coletiva. É docente Permanente do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem na linha de pesquisa Gestão em Serviços de Saúde e Enfermagem e do Programa de Residência em Enfermagem na Atenção Básica/Saúde da Família. Foi Professora Visitante na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança/Portugal (setembro 2023 a fevereiro 2024). Possui graduação em Enfermagem, Especialização em Enfermagem Hospitalar-Neonatologia, Mestrado em Saúde e Enfermagem e Doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Avaliação e Gestão em Saúde (NEPAG) da UFSJ/CCO e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Hanseníase (NEPHANS) da EEUFMG. Membro da Diretoria de Práticas Inovadoras em Hanseníase da REDE HANS/MG. Atua como editora de Seção do periódico HU Revista da EBSERH/UFJF e é revisora de periódicos nacionais e internacionais. Atua na área de Enfermagem em Saúde Coletiva no ensino, na pesquisa e na extensão, com ênfase na abordagem dos temas: Atenção Primária à Saúde/Estratégia Saúde da Família com ênfase na abordagem de políticas e programas de saúde e no Processo de Trabalho em Saúde e Enfermagem.

Angélica da Conceição Oliveira Coelho, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Brasil.

Possui graduação em Enfermagem (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Especialização em Saúde da Família e Saúde Coletiva pela mesma instituição e Mestrado e doutorado em enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com período sanduíche no Infectious Disease Research Institute (IDRI), Seatlle, EUA. Docente na Faculdade de Enfermagem, atua no curso de Graduação em Enfermagem e no Programa de Pós-Graduação Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. Diretora da Faculdade de Enfermagem, gestão 2022 a 2026. É líder do Núcleo de Estudos em Infecções e Complicações relacionadas à Assistência à Saúde (NEICAS) da Faculdade de Enfermagem da UFJF e vice-líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Hanseníase (NEPHANS) da Escola de Enfermagem da UFMG. É Coordenadora adjunta da REDE HANS/MG. Atua em pesquisas relacionadas a avaliação de serviço de saúde e desempenho profissional, a simulação clínica, manejo de feridas complexas e a doenças infecciosas, principalmente Hanseníase.

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Publicado

2025-02-16

Como Citar

Rodrigues Costa, K. A., Carvalho, A. P. M., Assis, C. C. G. de ., Dutra, H. S., Lanza, F. M., & Coelho, A. da C. O. . (2025). Higienização das mãos e uso de máscara: análise de concordância entre profissionais da atenção primária. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 15(1). https://doi.org/10.17058/reci.v15i1.19366

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL