Controle microbiológico de formas farmacêuticas líquidas adaptadas em um hospital pediátrico de Manaus
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v14i3.19484Palavras-chave:
Farmacopeia Brasileira, Hospitais Pediátricos, Preparações FarmacêuticasResumo
Justificativa e Objetivos: Formas farmacêuticas líquidas são ideais para pacientes pediátricos, uma vez que esta população apresenta dificuldades de deglutição. Entretanto, o mercado farmacêutico não dispõe de um grande arsenal terapêutico. Para contornar esta situação, é necessária a adaptação de medicamentos voltados ao público adulto para a forma de soluções orais, que permitem o emprego em pacientes pediátricos. Todavia, esta pode alterar as propriedades físico-químicas e microbiológicas destes fármacos. De acordo com a literatura, grande parte dos estudos com adaptações farmacêuticas são direcionados a estabilidade físico-química, e os parâmetros microbiológicos são menos avaliados. Portanto, o objetivo deste trabalho foi realizar o controle microbiológico das formas farmacêuticas líquidas adaptadas em um hospital pediátrico. Métodos: A análise microbiológica foi realizada conforme especificações da Farmacopeia Brasileira para produtos não estéreis. Realizou-se os testes de contagem do número total de microrganismos mesófilos e da presença de microrganismos patogênicos. Resultados: No período do estudo, 16 amostras foram selecionadas para análise microbiológica. Dentre os medicamentos as classes mais frequentes foram diuréticos, anti-hipertensivos e psicolépticos. Não foram utilizados conservantes no preparo das adaptações farmacêuticas analisadas. Metade das adaptações apresentaram contagem do número total de microrganismos mesófilos acima do limite permitido no dia da manipulação, 43,75% na metade do período de validade e 62,5% no prazo de validade. Conclusão: Apenas 03 (18,75%) adaptações estavam dentro dos limites microbianos aceitáveis estabelecidos durante todo o estudo. Com relação a presença de patógenos, todas foram isentas dos patógenos Escherichia coli, Salmonella sp., Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus no período do estudo.
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