Sepse tardia laboratorialmente confirmada em neonatos com peso de nascimento menor que 1500g

Autores

  • Juliana Ferreira da Silva Rios Alvim UTI neonatal do Fundação de Assistência Integral a Saúde e Médica do Serviço de Controle de Infecção do Fundação de Assistência Integral a Saúde.
  • Roberta aia de Castro Romanelli Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital das Clínicas da UFMG

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v4i2.4192

Resumo

Justificativa e Objetivos: Recém-nascidos prematuros estão expostos a vários fatores de risco para a sepse tardia: imaturidade dos sistemas de defesa, baixo peso, baixa idade gestacional, uso de dispositivos invasivos. Objetivo é avaliar ocorrência e etiologia da sepse tardia laboratorialmente confirmada (ICSLC) em prematuros com peso de nascimento menor que 1500g (RNMBP), admitidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de uma instituição filantrópica de referência na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Metodologia: Estudo transversal descritivo, onde foram avaliados dados do sistema de vigilância epidemiológica (SACIH®) e fichas de busca ativa do Serviço de Controle de Infecção da instituição, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Resultados: Foram registradas 1.850 Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), sendo 1.481 Infecções da corrente sanguínea (ICS), representando 80% das IRAS. Das ICS, 559 (37,7%) foram precoces e 922 (62,3%) tardias. A Densidade de Incidência (DI) das IRAS foi de 30,7/1.000pacientes-dia. DI para RNMBP foi de 24,75/1.000paciente-dia. Foram registrados 256 pacientes ICSLC, perfazendo 355 infecções. Destes, 16 apresentaram ICSLC com mais de um agente microbiológico e 99 pacientes (38,6%) tiveram mais de uma ICSLC. Peso de nascimento (PN) médio foi de 985g e idade gestacional (IG) média, 28 semanas. Agentes mais frequentes: Staphylococcus coagulase negativa 49,9% (n=117), Klebsiella sp 17% (n=60), Candida sp 12,4% (n=44). A taxa de letalidade associada à ICSLC em RNMBP 6,8% (n=23). Conclusão: Apesar dos avanços tecnológicos aumentarem a sobrevida dos recém-nascidos prematuros, a sepse tardia apresenta-se em altas taxas e com alta incidência, o que representa importante causa de morbi-mortalidade para esses neonatos. DESCRITORES: Sepse. Prematuro. Neonato. Controle de infecções.

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Biografia do Autor

Juliana Ferreira da Silva Rios Alvim, UTI neonatal do Fundação de Assistência Integral a Saúde e Médica do Serviço de Controle de Infecção do Fundação de Assistência Integral a Saúde.

Médica Neonatologista. Especialista em Controle de Infecção pelo Hospital das Clinicas da Universifdade Federal de Minas Gerais (HC - UFMG), Belo Horizonte, MG. Médica do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia e Controle de Infecção (NHECI) do Hospital Sofia Feldman, Belo Horizonte, MG.

Roberta aia de Castro Romanelli, Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital das Clínicas da UFMG

Pós-doutora, Departamento de pediatria, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG.

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Publicado

2014-04-04

Como Citar

Ferreira da Silva Rios Alvim, J., & aia de Castro Romanelli, R. (2014). Sepse tardia laboratorialmente confirmada em neonatos com peso de nascimento menor que 1500g. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 4(2), 127-131. https://doi.org/10.17058/reci.v4i2.4192

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL