A experiência da enfermidade na perspectiva de pessoas que sobreviveram ao acidente vascular cerebral

Autores

  • Jaine Kareny da Silva Universidade do Estado da Bahia-Campus XII
  • Vanessa da Silva Carvalho Vila Pontifícia Universidade Católica de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v5i2.5926

Resumo

Justificativa e objetivo: Considerando-se a elevada prevalência do AVC no cenário mundial e brasileiro, as repercussões negativas na qualidade de vida dos sobreviventes e seus familiares, o precário suporte social e organizacional das redes de atenção à saúde para o tratamento e processo de reabilitação, foi objetivo do estudo analisar os sentidos e significados da experiência da enfermidade na perspectiva de pessoas que sobreviveram AVC. Métodos: Trata-se de um estudo de caso qualitativo e interpretativo segundo os pressupostos teórico-metodológicos da hermenêutica moderna que foi autorizado pelo Comitê de Ética da Pontifícia Universidade Católica de Goiás sob o número de protocolo 305.390. Participaram do estudo oito pessoas adultas e idosas, atendidos em um hospital geral do sudoeste baiano, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada nos domicílios e a análise interpretativa foi conduzida por meio das etapas de redução, organização dos dados, identificação das unidades de significado, construção dos núcleos temáticos e interpretação dos resultados. Resultados: A experiência da enfermidade foi compreendida como uma situação entre a vida e a morte, invalidez, perda de autonomia e incapacidade para o trabalho. O apoio social da família e da religião foi essencial para lidar com as mudanças na vida cotidiana e os participantes mencionaram dificuldades para o processo de reabilitação após a alta hospitalar. Conclusão: A ausência desse programa de reabilitação representa uma nítida dicotomia das políticas públicas, sendo identificado um atendimento precário que contribui para a desumanização do cuidado em saúde. Os participantes e familiares ficaram sem rede de atenção à saúde para o tratamento e continuidade dos cuidados em domicílio, configurando uma desarticulação da estrutura organizacional das redes de apoio e seu despreparo para atender as demandas assistenciais aos pacientes com doenças crônicas, especialmente em cidades do interior, cujos recursos humanos e tecnológicos são escassos. Esses resultados sugerem a necessidade de aprimorar as estratégias de intervenções educativas e atendimento multiprofissional. DESCRITORES: Acidente Vascular Cerebral. Reabilitação. Doença Crônica. Pesquisa Qualitativa. Assistência Centrada no Paciente.

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Biografia do Autor

Jaine Kareny da Silva, Universidade do Estado da Bahia-Campus XII

Professora Auxiliar do COlegiado de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia-Campus XII. Mestre em Ciências Ambientais e Saúde.

Vanessa da Silva Carvalho Vila, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Professora Adjunta I do Departamento de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Publicado

2015-04-04

Como Citar

Silva, J. K. da, & Vila, V. da S. C. (2015). A experiência da enfermidade na perspectiva de pessoas que sobreviveram ao acidente vascular cerebral. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 5(2), 115. https://doi.org/10.17058/reci.v5i2.5926

Edição

Seção

RESUMOS DE TESES, DISSERTAÇÕES E TRABALHOS DE CURSO