Psicologia e Pós-Verdade: a Emergência da Subjetividade Digital
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v2i2.12242Palavras-chave:
Psicologia e pós-verdade, Subjetividade digital, Algoritmo, TecnoliberalismoResumo
A partir de uma análise crítica do que se entende por Pós-verdade, o trabalho discute dois pontos interligados. No primeiro investiga o importante papel que a Psicologia está desempenhando dentro de uma nova ambiência sócio-antropológica, com repercussões políticas e, principalmente, econômicas. O segundo ponto detém-se no aprofundamento do conceito de subjetividade. Mostra como estão sendo atingidas, com o predomínio do tecnoliberalismo que faz uso das novas mídias, diferentes dimensões do ser humano. Esse processo propicia a construção de uma nova subjetividade, que poderia ser denominada de subjetividade digital. A investigação procura evidenciar que na implementação dessas práticas midiáticas é o próprio ser humano que está sendo objeto de manipulação. Aprofunda-se a administração digital da vida humana que vai sendo transformada num novo objeto de consumo. As novas mídias procuram atingir todas as sequências da vivência do ser humano produzindo uma mercantilização integral da vidaDownloads
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