(Re)Pensando o Fazer Psi no Sistema Prisional: Relato de Experiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v3i2.12683

Palavras-chave:

Atuação da Psicologia, Sistema prisional, Pessoas privadas de liberdade, Regime semiaberto.

Resumo

Este trabalho se trata de um relato de experiência de estágio integrador em Psicologia e teve como objetivo ampliar estratégias de intervenção com foco na área da educação complementar como forma de colaborar na qualidade de vida intra-muros e preparar para o desafio da mudança na convivência em meio social. O Projeto de Intervenção em Educação Complementar foi aplicado em um estabelecimento prisional de regimes aberto e semiabeto masculino, da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS/Brasil. Fez-se necessário como referencial a Psicologia Social e Institucional para um olhar diante dos processos que se dão neste contexto e a Abordagem Ecológica do Desenvolvimento Humano para nos atentarmos aos presos, ao aprisionamento como episódio de vida e aos fatores de proteção/risco da sua rede de apoio sócio-afetiva. Obtivemos como resultados a ampliação da atuação da Psicologia, reiterando sua importância nesse contexto, dando ênfase a educação como meio de trabalhar a percepção, a cognição e a reflexão crítica sobre si mesmo e o mundo considerando os participantes em sua integralidade e construindo uma relação de respeito a coletividade, vislumbrando projetos de vida para integração social. Esta experiência também denotou a importância em desconstruir práticas que reiteram a exclusão social e a romper com os abismos entre profissionais do sistema. Por fim, a Psicologia deve se propor a uma maior dinamicidade a fim de atender os processos institucionais e as demandas sociais que assolapam a vida cotidiana.

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Biografia do Autor

Wanessa Castro Camargo, FADERGS

Está no 9º semestre de graduação em Psicologia no Centro Universitário FADERGS, da rede Laureate International Universities, na qual também é Assistente de Biblioteca desde 2015. Realizou estágio obrigatório integrador na Fundação Patronato Lima Drummond, vinculado a SUSEPE (2017) estágio obrigatório de psicopatologia no Hospital Espírita de Porto Alegre (2016) e estábio básico em processos psicossociais e promoção de saúde no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) Extremo Sul(2019). Participou de 2015 a 2017 do grupo de pesquisa titulado como "Os modos e processos de subjetivação contemporâneos e suas interfaces com a saúde" que priorizavam as temáticas de relações de gênero, sexualidade, violência e políticas públicas.

Lutiana Ricaldi da Rosa, Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul

Psicóloga graduada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (2002), Especialista em Psicologia Clínica com ênfase em Saúde Comunitária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006), Especialista/Terapeuta de Casal e de Família pelo Centro de Estudos da Família e do Indivíduo (2012) e Doutoranda em Psicologia pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales (UCES/Buenos Aires). Psicóloga Clínica, Técnico Superior Penitenciário e Professora Colaboradora da Escola do Serviço Penitenciário (SUSEPE/ESP) nas Disciplinas de Psicologia das Relações Interpessoais, Saúde do Trabalhador e Justiça Restaurativa.

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Publicado

2019-07-19

Como Citar

Camargo, W. C., & da Rosa, L. R. (2019). (Re)Pensando o Fazer Psi no Sistema Prisional: Relato de Experiência. PSI UNISC, 3(2), 156-171. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v3i2.12683