Soy lo que descuidó el presidente: sobre percursos e resistências nos acolhimentos institucionais
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v2i2.9843Palavras-chave:
Medidas de proteção. Acolhimento. Verdade. Juventude.Resumo
O presente artigo objetiva discutir a construção de verdades a respeito de adolescentes que se encontram sob medida de proteção. Para tanto, analisou-se prontuários referentes a 10 adolescentes que foram acolhidos entre os anos 2015 e 2016, sendo que o critério de inclusão para a produção de dados foi de que tais adolescentes, além de terem passado pelo abrigo, também foram atendidos, em algum momento, pelo Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência (CAPSIA). A pesquisa realizada bifurca-se em dois movimentos: mostrar a construção de verdades que encerram biografias de adolescentes nas quais tudo já está previsto e, por outro lado, assinalar que as lacunas dos prontuários, bem como sua profusão de prescrições e encaminhamentos, também apontam para a composição de outras forças, dobrando as prescrições e buscando a escrita do que se denominou poemas-vida. Para realizar tal discussão, a partir dos dados dos prontuários, utilizou-se a trajetória de um dos adolescentes, buscando visibilizar tais jogos de força.
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