Factors that promote psychic suffering in the black population in a social vulnerability
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v6i1.16456Keywords:
Racism, Social vulnerability, Mental healthAbstract
Racism persists in Brazil and triggers psychological distress. We sought to identify the factors that promote psychological distress in black people in a context of social vulnerability in the Distrito Federal. For this, qualitative research was carried out with interviews and a questionnaire with 15 self-declared black people in a situation of social vulnerability. The results expose the lack of educational, institutional and financial opportunities, the family and social abandonment necessary for the maintenance of the participants' mental health, thus generating emotional and behavioral problems. The black person in a situation of social vulnerability suffers from several prejudices, racism being just one of them. Participants have difficulty identifying racism. Discrimination is perceived in terms of social status, for being on public roads, with altered mental status or begging for alms, with skin color being an aggravating factor, as white individuals in the same social and unhealthy condition are less discriminated against. The presence of psychological distress is real, but most participants are not in the habit of regularly looking for health services, just the emergency because they feel discrimination already in the reception, a fact that characterizes institutional racism. It is concluded that racial issues need to be consciously assumed in the context of mental health institutions. It demands awareness-raising processes, training on racial issues, in order to promote more attention and care, which go beyond the reception of basic needs. The empowerment of the black population is another focus to be embraced in mental health care.
Downloads
References
Alcântara, S. C., Abreu, D. P., & Farias, A. A. (2015). Pessoas em Situação de Rua: das Trajetórias de Exclusão Social aos Processos Emancipatórios de Formação de Consciência, Identidade e Sentimento de Pertença. Revista Colombiana de Psicología, 24(1), 129-143. doi: 10.15446/rcp.v24n1.40659
Almeida, S. (2019). Racismo estrutural. São Paulo: Editora Pólen Livros.
Almeida-Filho, N., Coelho, M. T. A., & Peres, M. F. R. (1999). O conceito de saúde mental. Revista USP, (43), 100-125.
Aronson, E., Wilson, T. D., & Akert, R.M. (2018) Psicologia Social (8 ed.). Rio de Janeiro: LTC.
Bassi, M. L. (2002). 500 anos de demografia brasileira: uma resenha. Revista Brasileira de Estudos da População,19(1), 141-159.
Barbosa, V. F. B. (2016). O cuidado da saúde mental no Brasil: uma leitura a partir dos dispositivos de biopoder e biopolítica. Saúde debate [online], 40(108), 178-189. doi: 10.1590/0103-1104-20161080015
Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Batista, W. M. (2018). A inferiorização dos negros a partir do racismo estrutural. Revista Direito e Práxis, 9(4), 2581-2589. doi: 10.1590/21798966/2018/36867
Bleger, J. (1980). Temas de Psicologia - Entrevistas e Grupos (Trad. Rita M. M. de Moraes. 6.ed.). São Paulo: Martins Fontes.
Brasil. (2013). Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS (2. ed.). Brasília: Editora do Ministério da Saúde.
Brasil. (2017). Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN) Atualização Junho de 2016. Brasília. Recuperado em http://depen.gov.br/DEPEN/noticias1/noticias/infopen-levantamento-nacionaldeinformacoes-penitenciarias2016/relatorio_2016_22111.pdf.
Brasil. (2019a). Censo SUAS 2018 – Resultados nacionais, Centros de referência da assistência social, Centro POP. Brasília: MC, Coordenação Geral de Vigilância Socioassistencial.
Brasil. (2019b). PNA Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. Brasília: MEC, SEALF.
Campos, A. (2018). População de rua: um olhar da educação interprofissional para os não visíveis. Saúde e Sociedade [online], 27(4), 997-1003. doi: 10.1590/S010412902018180908
Canguilhem, G. (2009) O normal e o patológico (6 ed.). Rio de Janeiro: FORENSE Universitária.
Cardoso, A. (2008). Escravidão e sociabilidade capitalista. Novos Estudos - CEBRAP, 80, 71-88.
Carneiro, A. S. (2016). Negros de pele clara. CEERT. Recuperado de https://www.ceert.org.br/noticias/generomulher/13570/sueli-carneiro-negros-depele-clara
Cruz, M.S. (2001). História da Educação: uma abordagem sobre a escolarização de afrobrasileiros. In 24 Reunião Anual da ANPED, Caxambu.
Conselho Federal de Psicologia [CFP]. (2016). O racismo é sim promotor de sofrimento psíquico. Recuperado de http://site.cfp.org.br/o-racismo-e-simpromotor-de-sofrimento-psiquico/
Dalgalarrondo, P. (2019). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais (3. ed.). Porto Alegre: Artmed.
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos [DIEESE]. (2016). Pesquisa de Emprego e Desemprego: Os negros nos mercados de trabalho metropolitanos. Recuperado de https://www.dieese.org.br/analiseped/2016/ 2016pednegrossintmet.html
Dutra, E. (2004). Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade. Estudos de Psicologia, 9(2), 381-387. doi: 10.1590/S1413294X2004000200021
Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA.
Fausto, B. (1995). História do Brasil (2. ed.). São Paulo: USP.
Ferreira, R. F. & Camargo, A. C. (2011) As relações Cotidianas e a Construção da Identidade Negra. Psicologia: Ciência e Profissão, 31(2), 374-389.
Gama C. A. P., Campos, R. T. O., & Ferrer A. L. (2014). Saúde mental e vulnerabilidade social: a direção do tratamento. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 17(1), 69-84. doi: 10.1590/S1415-47142014000100006
Gonçalves Filho, J. M. (2017). A dominação racista: o passado presente. In C. Abud, N. Kon, & M. L. Silva (Orgs.), O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise (pp. 143-159). São Paulo: Perspectiva.
Gouveia, M., & Zanello, V. (2018). Saúde Mental e Racismo: Produção Bibliográfica Brasileira dos Últimos Quinze Anos. Psicologia: Ciência e Profissão, 38(3), 450-464.
Guimarães, A. S. A. (2012) Classes, raças e democracia (2.Ed.). São Paulo: Editora 34.
Guimarães, M. A. C., Podkameni, A. B. (2008). A rede de sustentação coletiva, espaço potencial e resgate identitário: projeto mãe-criadeira. Rev. Saúde e Sociedade, 17(1), 117-130. doi: 10.1590/S0104-12902008000100011
Hart, C. L. (2016). Slogans vazios, problemas reais. Recuperado de http://www.drcarlhart.com/slogans-vaziosproblemas-reais-brasil/
Holmes, D. S. (2007). Psicologia dos Transtornos Mentais (2. Ed.). Porto Alegre: Artmed.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2015). A janela para olhar o País: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Síntese de Indicadores 2014. Rio de Janeiro: [s. n.].
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA]. (2019). Fórum Brasileiro de Segurança Pública (Fbsp) - Atlas da Violência 2019. Rio de Janeiro. Recuperado de https://www.ipea.gov.br/portal/images/stori es/PDFs/relatorio_institucional/190605_atl as_da_violencia_2019.pdf
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA]. (2020). População negra conquista espaço no ensino superior. Brasília. Recuperado de https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?o ption=com_content&view=article&id=358 96&catid=8&Itemid=6
Laraia, R. B. (2007). Cultura: um conceito antropológico (24 ed.). Rio de Janeiro: Zahar.
Leusin, J. F., Petrucci, G. W., & Borsa, J. C. (2018). Clima Familiar e os problemas emocionais e comportamentais na infância. Revista da SPAGESP, 19(1), 49-61. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script= sci_arttext&pid=S167729702018000100005&lng=pt&tl ng=pt
Lima, M. (2010). Desigualdades raciais e políticas públicas: ações afirmativas no governo Lula. Novos Estudos - CEBRAP, (87), 77-95.
Lima, M. E. O., & Vala, J. (2004). As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Estudos de Psicologia, 9(3), 401411.
Lins, S. L., Lima-Nunes, A., & Camino, L. (2014). O papel dos valores sociais e variáveis psicossociais no preconceito racial brasileiro. Psicologia e Sociedade, 26(1), 95-105. Lopes, C. S.,
Macedo, L. A. M., & Ferreira, M. L. A. (2014). GT. nº 5 Desenvolvimento, Mobilidade Social e Educação: mobilidade social e sua relação com o acesso à educação no Brasil. In: IV Congresso em Desenvolvimento Social, Montes Claros - MG. Recuperado de http://www.congressods.com.br/quarto/inde x.php/trabalhos-aceites/gt-05desenvolvimento-mobilidade/170-anais/gt05/462-mobilidade-social-e-sua-relacaocom-o-acesso-a-educacao-no-brasil
Maurano, D. (2010). Para que serve a psicanálise? (3ed.). Rio de Janeiro: Zahar.
Oda, A. M. G. R. (2008). Escravidão e nostalgia no Brasil: o banzo. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, dez. 11(4), 735761.
Roudinesco, E. (2000). Por que a psicanálise?. Rio de Janeiro: Zahar.
Sánchez, A. I. M., & Bertolozzi, M. R. (2007). Pode o conceito de vulnerabilidade apoiar a construção do conhecimento em Saúde Coletiva? Ciência & Saúde Coletiva, 12(2), 319-324.
Sampaio, A. S. (2012). Ecos do silêncio: reflexões sobre uma vivência de racismo. In L. E. Batista, J. Werneck, & F. Lopes (orgs.), Saúde da população negra (2. ed.). Brasília: ABPN - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.
Sangoi, J., Moniz, A. L. F., & Prado, C. C. (2020). Projeto Equinócios: Intervenção Junto à População em Situação de Rua. PSI UNISC, 4(2), 186-204. doi: 10.17058/psiunisc.v4i2.14737
Silva, D. P. R., & Rocha, M. M. (2020). Uso de substâncias em adultos em situação de rua e associação com mindfulness. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, 16(2), 25-33. doi: 10.11606//issn.18066976.smad.2020.154623
Silva, M. L. (2004). Racismo e os efeitos na saúde mental. In I Seminário Saúde da População Negra 2004, Brasilia. Recuperado de http://www.mulheresnegras.org/doc/livro% 20 ledu/129-132MariaLucia.pdf
Silva, M. R. B., Medeiros, C. S., Corrêa, A. O., Martins, C. O., Corrêa, J. O., & Oliveira, R. B. (2020) Fragilidades e potencialidades da prática do cuidado na política pública do consultório na rua. Saúde Coletiva (Barueri), 10(53), 24902505. doi: 10.36489/saudecoletiva.2020v10i53p24902505
Silva, T. M. G. S. (2017). O colorismo e suas bases históricas discriminatórias. Revista Direito UNIFACS, 201. Recuperado de https://revistas.unifacs.br/index.php /redu/article/view /4760
Tavares, N. O., Oliveira, L. V., & Lages, S. R. (2013). A percepção dos psicólogos sobre o racismo institucional na saúde pública. Saúde em Debate, 37(99), 580-587. doi: 10.1590/S0103-11042013000400005
Xavier, J. T. P. (2018). 130 anos da abolição da escravatura. In UNESPCIENCIA, mai. Recuperado de http://www.unespciencia.com.br/revista/UC 096/UC96_Dossie_Abolicao.pdf
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The submission of originals to this journal implies the transfer, by the authors, of the printed and digital publication rights. The copyrights for the published articles are those of the author, with periodical rights on the first publication. Authors may only use the same results in other publications clearly indicating this journal as the medium of the original publication. Because we are an open access journal, we allow free use of articles in educational and scientific applications provided the source is cited under the Creative Commons CC-BY license.