Therapeutic accompaniment (TA) as a political movement for freedom

Authors

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v9i.18512

Keywords:

therapeutic accompaniment, mental health, psychiatric reform, psychosocial care

Abstract

At the beginning of the 2000s health care began to be offered in the territory, in a psychosocial care network. Mental health services have built new forms of care and look at severe psychic suffering. It was a great advance that reshaped the cultural scene and a long process of deinstitutionalization of practices and discourses in relation to madness. Therapeutic Accompaniment (TA) is a practice that was born along with the reform movements in Mental Health and developed as an expanded clinic that operates outside the institution, seeking to articulate the elements of its daily life as a therapeutic strategy. The objective of this article, therefore, was to reflect on the history of TA practice and its emancipatory and territorial prerogatives in mental health care. The research had an exploratory and descriptive design to achieve its objectives. The study approach was qualitative, based on interviews with a semi-structured script. Data analysis was performed by content analysis. The results showed that the TA practices in Brazil went hand in hand with the principles of the Brazilian Psychiatric Reform and with the Psychosocial Care Mode, constituting a powerful political device for strengthening the rights of users, such as the right to the city and to a dignified life, and place themselves in the mediation of the rescue of citizenship, fueled by the desire for social reintegration.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Eduardo Pereira Alves, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC / Brasil

Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ "Clínica da Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e outras Drogas". Graduado em Psicologia pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI; Mestre no "Mestrado Profissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial" da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC; Pós Graduado (Latu Sensu) em "Dependência Química" pela Faculdade Luterana de Teologia - FLT; Especialista em Psicologia Clínica Fenomenologia e Gestalt Terapia pelo Instituto Granzotto; e Formação em Acompanhamento Terapêutico (AT) pela mesma instituição. Atualmente é professor e supervisor de estágios na Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL; professor e supervisor clínico no curso de Especialização Clínica em Fenomenologia e Gestalt-terapia, do Instituto Granzotto; e cofundador e responsável técnico da "AmpliAção - Espaço Clínico", local onde realiza psicoterapia, grupos de supervisão, e acompanhamento terapêutico.

Charlene Fernanda Thurow, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC/ Brasil

Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ "Clínica da Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e outras Drogas". Psicóloga formada na Universidade Regional de Blumenau (2016), Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2020), Doutora em Psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina (2024). Integrante do Núcleo de Pesquisas Clínica da Atenção Psicossocial (PSICLIN), participante do projeto de pesquisa “Estudos sobre Psicologia Existencialista e Psicopatologia Fenomenológica”, assim como, de “Adaptação Cultural do instrumento de risco e proteção para a juventude visando a futura implementação do Sistema de Prevenção Comunidades que se Cuidam no Brasil”. Tem experiência como psicoterapeuta existencialista. Possui curso de “Psicologia e Psicoterapia Existencialista” (2016/2017) pela Universidade Regional de Blumenau. Curso de “Introdução à Ciência da Prevenção” e “Intervenções de Prevenção com Base Familiar” (2018), pela Prevenção Universal para uso de substâncias (UPC), Estados Unidos.

Daniela Ribeiro Schneider, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC/ Brasil

Profª. Titular do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui graduação em Psicologia, Mestrado em Educação, Doutorado em Psicologia Clínica, Pós-Doutorado em Ciência da Prevenção pela Universidad de Valencia - España (2012) e na University of Miami - USA (2019). Seus trabalhos se desenvolvem principalmente com ênfase em Tratamento e Prevenção Psicológica, voltando-se para estudos dos problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas, avaliação de sistemas e programas de prevenção e promoção da saúde, Rede de Atenção Psicossocial. É especialista na obra do filósofo Jean-Paul Sartre, com várias publicações sobre psicologia e clínica existencialista. Coordenadora do Grupo de Pesquisa do CNPQ "Clínica da Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e Outras Drogas". Coordenadora do PSICLIN/UFSC.

References

Acioli Neto, M. D. L., & Amarante, P. D. D. C. (2013). O acompanhamento terapêutico como estratégia de cuidado na atenção psicossocial. Psicologia: Ciência e profissão, 33, 964-975. doi: 10.1590/S1414-98932013000400014

Aguirre, A. E. A. (2020). Prefácio. In: A. Holanda (Org.), Acompanhamento Terapêutico: clínica, desenvolvimento e saber. (pp. 9-13). Curitiba, PR: Juruá Editora.

Amarante, P. (1994). Psiquiatria social e reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro, RJ: Fiocruz.

Amarante, P. (1998). Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Fiocruz.

Amarante, P., & Torre, E. H. G. (2017). Direitos humanos, cultura e loucura no Brasil: um novo lugar social para a diferença e a diversidade. In: W. Oliveira, A. Potta, P. Amarante, (Org.), Direitos Humanos e Saúde Mental (pp.107-133). 1ª ed. São Paulo, SP: Hucitec.

Araújo, F. (2013). Um passeio esquizo pelo acompanhamento terapêutico: dos especialismos apolítica da amizade. Niterói, RJ.

Bessa, S. L., & Souza, C. R. S. (2021). Plano de ação pessoal, cartão de crise/SOS e Recovery: Uma experiência brasileira. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, 13(36), 143-155. Recuperado de https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/79479

Brasil (2001). Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm

Brasil (2011). Portaria 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html

Brasil (2019). Nota técnica nº 11/2019-CGMAD/DAPES/SAS/MS. Esclarecimentos sobre as mudanças na Política Nacional de Saúde Mental e nas Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas. Recuperado de https://pbpd.org.br/wp-content/uploads/2019/02/0656ad6e.pdf

Brasília (2005). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. OPAS. Brasília, DF. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf

Campbell, R. J. (1986). Dicionário de psiquiatria. In: Dicionário de psiquiatria (pp. 644-644) São Paulo, SP: Martins Fontes.

Caponi, S. (2012). Loucos e degenerados: uma genealogia da psiquiatria ampliada. Rio de Janeiro, RJ: Fiocruz.

Coimbra, C. M. B. (1995). Desenvolvimento sociocultural e Político e Meios Psicoterápicos. In: S. Ciornai, (Org.), 25 Anos depois: Gestalt-terapia, Psicodrama e Terapias Neo-reichianas no Brasil. São Paulo, SP: Agora.

De Leon, G. (2009). A comunidade terapêutica: teoria, modelo e método. In: G. De Leon (Org.), A comunidade terapêutica: teoria, modelo e método (pp. 479-479). São Paulo, SP: Loyola.

Delgado, P. G. (2019). Reforma psiquiátrica: estratégias para resistir ao desmonte. Trab Educ Saúde, 17(2). doi: 10.1590/1981-7746-sol00212

Fiorati, R. C. (2013). Acompanhamento terapêutico, clínica e atenção psicossocial: uma relação possível? Reflexão crítica segundo a hermenêutica dialética de Jügen Habermas. Psicologia & Sociedade, 25, 82-89. doi: 10.1590/S0102-71822013000600011

Fontanella, B. J. B., Campos, C. J. G., & Turato, E. R. (2006). Coleta de dados na pesquisa clínico-qualitativa: uso de entrevistas não-dirigidas de questões abertas por profissionais da saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 14, 812-820. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n5/pt_v14n5a25.pdf

Fontanella, B. J. B., Luchesi, B. M., Saidel, M. G. B., Ricas, J., Turato, E. R., & Melo, D. G. (2011). Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cadernos de saúde pública, 27(2), 388-394. doi: 10.1590/S0102-311X2011000200020

Foucault, M. (2006). Microfísica do poder. Rio de Janeiro, RJ: GRAAL.

Godinho, D. M., & Peixoto, C. A. (2019). Clínica em movimento: a cidade como cenário do acompanhamento terapêutico. Fractal: Revista de Psicologia, 31, 320-327. doi: 10.22409/1984-0292/v31i3/5644

Goffman, I. (2003). Manicômios, prisões e conventos. São Paulo, SP: Perspectiva.

Hermann, M. C. (2010). Acompanhamento terapêutico e psicose: um articulador do real, simbólico e imaginário (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.

Holanda, A, Ferro L. F.. Bennato M. C. (2020). Acompanhamento Terapêutico: clínica, desenvolvimento e saber. Curitiba, PR: Juruá Editora.

Ibrahim, C. (1991). Do louco à loucura: Percurso do Auxiliar Psiquiátrico no Rio de Janeiro: In: Equipe de acompanhantes terapêuticos do hospital-dia a casa (Org.). A rua como espaço clínico: acompanhamento terapêutico (pp. 43-49). São Paulo, SP: Escuta.

Lancetti, A. (2012). Clínica peripatética [Peripathetic clinics]. São Paulo, SP: Hucitec.

Marco, M. N. C., & Calais, S. L.. (2012). Acompanhante terapêutico: caracterização da prática profissional na perspectiva da análise do comportamento. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 14(3), 4-18. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452012000300002&lng=pt&tlng=pt

Metzger, C. (2018). Formação do AT: uma forma-ação que não é com-forma. In: C. K. Gerab, M. Fares, & T. Bonomi (Org.), Clínica em Trânsito: acompanhamentos terapêuticos. São Paulo, SP: Escuta.

Reis Neto, R. O., Pinto, A. C. T., & Oliveira, L. G. A. (2011). Acompanhamento terapêutico: história, clínica e saber. Psicologia: ciência e profissão, 31, 30-39. doi: 10.1590/S1414-98932011000100004

Nogueira, A. B. (2009). O acompanhamento terapêutico e sua caracterização em Betim e Belo Horizonte. Psicologia em Revista, 15(2), 204-222. doi: 10.5752/P.1678-9563.2009v15n2p204

Palombini, A. D. L. (2004). Acompanhamento terapêutico na rede pública: a clínica em movimento. Porto Alegre, RS: Editora UFRGS.

Palombini, A. L. (2006). Acompanhamento terapêutico: dispositivo clínico-político. Psychê, 10(18), 115-127. Recuperado de https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=30701812

Palombini, A. D. L. (2019). Acompanhamento terapêutico, universidade e políticas públicas: rede de conversações. Porto Alegre, RS: Redeunida.

Perrone, P. A. K.. (2014). A comunidade terapêutica para recuperação da dependência do álcool e outras drogas no Brasil: mão ou contramão da reforma psiquiátrica?. Ciência & Saúde Coletiva, 19(2), 569–580. https://doi.org/10.1590/1413-81232014192.00382013

Pulice, G., & Rossi, G. (1997). Acompañamiento terapéutico: aproximaciones a su conceptualización: presentación de material clínico. Buenos Aires: Polemos Editorial.

Pulice, G. O., Manson, F., & Teperman, D. (2005). Acompanhamento terapêutico: contexto legal, coordenadas éticas e responsabilidade profissional. Estilos da Clinica, 10(19), 12-31. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282005000200002&lng=pt&tlng=pt

Ruiz-Olabuénaga, J. I. R. (2012). Metodología de la investigacion cualitativa. Bilbao, Espanha: Universidad de Deusto.

Santos, M. A., Mishima-Gomes, F. K. T., Pillon, S. C., Zanetti, A. C. G., de Souza, J., Miasso, A. I., & Peres, R. S. (2015). Produção científica sobre Acompanhamento Terapêutico (AT) na pós-graduação brasileira: revisãoda literatura. Psicologia: teoria e prática, 17(2), 64-77. doi: 10.15348/1980-6906/psicologia.v17n2p64-77

Scharff, J. (2018). Na manha do gato: relato e discussão de caso clínico de AT. In: C. K. Gerab, M. Fares, & T. Bonomi (Org.), Clínica em Trânsito: acompanhamentos terapêuticos. São Paulo, SP: Escuta.

Silva, A. S. T. D., & Silva, R. N. D. (2006). A emergência do acompanhamento terapêutico e as políticas de saúde mental. Psicologia: Ciência e profissão, 26, 210-221. doi: 10.1590/S1414-98932006000200005

Silveira, R. W. M. D. (2016). Redução de danos e acompanhamento terapêutico: aproximações possíveis. Revista do NUFEN, 8(1), 110-128. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912016000100008&lng=pt&tlng=pt

Soares, M. A. S. (2019). ‘Vão voltar com o modelo que a gente sabe que não deu certo’. Rio de Janeiro, RJ: Fiocruz. Recuperado de http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/vao-voltar-com-o-modelo-que-a-gente-sabe-que-nao-deu-certo

Souto, L. R. F., & Oliveira, M. H. B. D. (2016). Movimento da Reforma Sanitária Brasileira: um projeto civilizatório de globalização alternativa e construção de um pensamento pós-abissal. Saúde em Debate, 40, 204-218. doi: 10.1590/0103-1104-20161080017

Souza, A. M. S., & Pontes, S. A. (2017). Acompanhamento terapêutico (AT) e reforma psiquiátrica: história de uma prática. Psicologia em Estudo Maringá, 22(3), 335-345. doi: 10.4025/psicolestud.v22i3.35235

Szasz, T. (1978). A Fabricação da Loucura: Um estudo comparativo entre a inquisição e o movimento de saúde mental. Rio de Janeiro, RJ: Zahar.

Thornicroft, G., & Tansella, M. (2008). Quais são os argumentos a favor da atenção comunitária à saúde mental?. Pesqui. prát. psicossociais, 3(1) 9-25. Recuperado de https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/psi-48683

Published

2025-01-31

How to Cite

Alves, E. P. ., Thurow, C. F., & Schneider, D. R. . (2025). Therapeutic accompaniment (TA) as a political movement for freedom. PSI UNISC, 9, 01-28. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v9i.18512

Issue

Section

Articles