Notifications of rights violations from SIPIA in Maceió, Alagoas

Authors

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v9i.18518

Keywords:

violence against children and adolescents, notification, SIPIA, tutelary council

Abstract

Notification is an instrument that enables the recording and notoriety of epidemiological data about the situation of violence against children and adolescents in Brazilian society. The objective was to analyze the historical evolution and characteristics of notifications of violated rights of children and adolescents, registered by the Guardianship Councils of Maceió, Alagoas. This is a documentary research on the epidemiological profile of violence against children and adolescents in Maceió, Alagoas, based on data available in the Information System for Childhood and Adolescence (SIPIA), from 2011 to 2022. 576 records were found of rights violations, with numbers of cases reported in the last 3 years. The data shows that children (88.5%) were more victimized than adolescents (11.5%), 58% of the victims were female, 34.4% were mixed race. Physical violence was highlighted in 75.1% of cases; followed by sexual violence (abuse) (14.2%) and psychological violence (4.6%). Fathers (47.8%) stood out as the main perpetrators of violence, followed by mothers (30.4%) and uncles/aunts (21.8%). The recent record of notifications in SIPIA and the problem of underreporting of violence in the capital of Alagoas, the perpetuation and naturalization of intra-family physical violence, the invisibility of psychological violence and the absence of socioeconomic data in the SIPIA database were noted, which made it difficult to carry out a detailed analysis of the profile, social class and socioeconomic reality of the children and young people targeted by the violations in Maceió.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Gisele da Luz Freire Silva, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió – AL/Brasil

Mestranda bolsista em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (PPGP/UFAL). Psicóloga pelo Instituto de Psicologia da UFAL (IP/UFAL). Membro do Grupo de Pesquisa do CNPQ “Epistemologia e Ciência Psicológica” (UFAL/CNPq).

Paula Orchiucci Miura, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió – AL/Brasil

Professora Adjunta da Graduação e Pós-graduação do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq “Epistemologia e Ciência Psicológica” (UFAL/CNPq). Coordenadora do Observatório da Violência contra Crianças e Adolescentes do Estado de Alagoas.



References

Alagoas. (2024). Governo capacita conselheiros tutelares de Maceió sobre nova versão do Sipia. Governo do Estado de Alagoas. Recuperado de https://alagoas.al.gov.br/noticia/governo-capacita-conselheiros-tutelares-de-maceio-sobre-nova-versao-do-sipia

Alagoas. (2022a). CRAD disponibiliza atendimento 24h para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (SEPREV). Recuperado de https://www.seprev.al.gov.br/noticia/crad-disponibiliza-atendimento-24h-para-criancas-e-adolescentes-vitimas-de-violencia-sexual-18-05-2022-14-45-897

Alagoas. (2022b). SEPREV e AMA iniciam capacitação sobre o SIPIA para os 102 municípios alagoanos. Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (SEPREV). Recuperado de https://www.seprev.al.gov.br/noticia/seprev-e-ama-iniciam-capacitacao-sobre-o-sipia-para-os-102-municipios-alagoanos-04-01-2022-16-05-841

Albuquerque. (2022). Mais de 67% das crianças alagoanas vivem na pobreza [Jornal Extra].

Recuperado de https://ojornalextra.com.br/noticias/alagoas/2022/10/83399-mais-de-67-das-criancas-alagoanas-vivem-na-pobreza

Azevedo, M. M., & Guerra, V. N. A. (2001). Mania de bater: a punição corporal doméstica de crianças e adolescentes no Brasil. São Paulo: Iglu.

Bussinger, R. V., Silva, R. S. da, & Costa, B. de A. (2021). O processo de (des)naturalização das práticas punitivas a partir da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei 13.010/2014. Revista da Faculdade de Educação, 34(2), 243–263. Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/ppgedu/article/view/5158

Cabrera, A. M. M. (2022). Violência psicológica em crianças e adolescentes, e suas consequências. (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade de Brasília, Brasília. Recuperado de https://bdm.unb.br/handle/10483/31894

Castro, R. B., Amorim, L. T. C., Lima, M. S., Lima, U. T. S., Freitas, M. G., Sampaio, M. J. R. & Soares, J. O. (2022). Analysis of the epidemiological situation of sexual violence in childhood in the State of Alagoas. Research, Society and Development, 1(10), 1-11. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32972

Dalfovo, M. S., Lana, R. A., & Silveira, A. (2008). Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, 2(3), 1–13. Recuperado de https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/rica/article/view/17591

Florentino, B. R. B. (2015). As possíveis consequências do abuso sexual praticado contra crianças e adolescentes. Fractal: Revista de Psicologia, 27(2), 139-144. https://doi.org/10.1590/1984-0292/805

Fontelles, M. J., Simões, M. G., Farias, S. H., & Fontelles, R. G. S. (2009). Metodologia da pesquisa científica: diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa. Revista Paraense de Medicina, 23(3), 1-8. Recuperado de https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-588477

Foucault, M. (1987). Vigiar e punir: nascimento da prisão (27a ed.). Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes.

Freitas, B. E. C., Ramos, L. L. S., Santos, A. C. L., Alencar, C. A., Monteiro, L. M. S., Mendes, M. C. C. & Ceryno, B. B. (2024). Violência sexual em crianças e adolescentes no Estado de Alagoas: uma análise epidemiológica. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(8), 3853–3866. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p3853-3866

Fundo das Nações Unidas para a Infância. (2022). Crianças e adolescentes foram os mais afetados pela pobreza monetária no Brasil na pandemia. Recuperado de https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/criancas-e-adolescentes-foram-os-mais-afetados-pela-pobreza-monetaria-no-brasil-na-pandemia#:~:text=Os%20dados%20mostram%20que%20a,cerca%20de%2020%25%20dos%20adultos

Garcia, J., & Silva, V. M. G. (2021). A notificação compulsória da violência contra crianças e adolescentes e seus desdobramentos via Conselho Tutelar. Desidades - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude, (31), 169-187. https://doi.org/10.54948/desidades.v0i31.42585

Gonçalves, H. S., & Ferreira, A. L. (2002). A notificação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes por profissionais da saúde. Cadernos de Saúde Pública, 18(1), 315-319. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2002000100032

Kripka, R. M. L., Scheller, M., & Bonotto, D. L. (2015). Pesquisa documental na pesquisa qualitativa: conceitos e caracterização. Revista de Investigaciones - UNAD, 14(2), 55-73.

Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

Minayo, M. C. S. (2001). Violência contra crianças e adolescentes: questão social, questão de saúde. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 1(2), 91-102. https://doi.org/10.1590/S1519-38292001000200002

Ministério dos Direitos Humanos. (2018). Violência contra crianças e adolescentes: análise de cenários e propostas de políticas públicas. Secretaria Nacional de Proteção dos Direitos da Criança e Adolescente. Recuperado de https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/consultorias/conada/violencia-contra-criancas-e-adolescentes-analise-de-cenarios-e-propostas-de-politicas-publicas.pdf

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. (2019). Sistema de Informação Para Infância e Adolescência - SIPIA Conselho Tutelar: Manual do Usuário. Recuperado de https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/conselho_tutelar/sipia_ct_manual_do_usuario_2019.pdf

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. (2020). Disque Direitos Humanos: Relatório 2019. Brasília: Distrito Federal. Recuperado de https://drive.google.com/file/d/16S7edk4ClsZ579ZRU8NxL4IseGxVldOX/view?fbclid=IwA

Ministério da Saúde. (2002a). Notificação de maus tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde: um passo a mais na cidadania em saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Brasília: Distrito Federal. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/notificacao_maustratos_criancas_adolescentes.pdf

Ministério da Saúde. (2002b). Violência intrafamiliar: orientações para a prática em serviço. Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Distrito Federal. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_19.pdf

Ministério da Saúde. (2010). Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília: Distrito Federal. Recuperado de http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/consulta-publica/arquivos/1393133501.pdf

Miura, P. O., Filho, J. N. N., Santana, L. E. F., & Wanderley, C. L. C. (2024). Violência contra crianças e adolescentes na cidade de Maceió - Alagoas: análise de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. No prelo.

Miura, P. O., Silva, G. L. F., Alves, A. L. R. C., & Pessoa, B. M. S. (2023). Potencialidades de prevenção da violência contra crianças e adolescentes nos equipamentos públicos de Maceió, Alagoas. In: Miura, P. O., Oliveira, A. A. S., & Vasconcelos, A. N. (Org.). Violências contra crianças e adolescentes: espaços de prevenção e intervenção na assistência social, educação e saúde (p. 113-148). Maceió, Alagoas/Brasil: Edufal.

Morais, R. L. G., Sales, Z. N., Rodrigues, V. P., & Oliveira, J. S. (2016). Ações de proteção a crianças e adolescentes em situação de violência. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental, 8(2), 4472-4486. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2016.v8i2.4472-4486

Moreira, M. I., & Sousa, S. M. G. (2012). Violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes: do espaço privado à cena pública. O Social em Questão, 15(28), 13-26. Recuperado de http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=75&sid=18

Neto, C. V. S., Silvão, R. B. F., Costa, A. S., Mascarenhas, R. N. S., Oliveira, F. W. S., Torres, M. E. A…, & Silva, S. C. (2022). Vulnerabilidade dos profissionais de enfermagem durante a notificação da violência: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 15(16), 1-7. https://doi.org/10.25248/reas.e10479.2022

Organização Mundial da Saúde. (2014). Relatório mundial sobre a prevenção da violência 2014. Núcleo de Estudos da Violência. Recuperado de https://nev.prp.usp.br/wp-content/uploads/2015/11/1579-VIP-Main-report-Pt-Br-26-10-2015.pdf

Patias, N. D., Siqueira, A. C., & Dias, A C. G. (2012). Bater não educa ninguém! Práticas educativas parentais coercitivas e suas repercussões no contexto escolar. Educação e Pesquisa, 38(4), 981-996. https://doi.org/10.1590/S1517-97022012000400013

Paungartner, L. M., Moura, J. Q., Fernandes, M. T. C., & Paiva, Tiago Sousa. (2020). Análise epidemiológica das notificações de violência contra crianças e adolescentes no Brasil de 2009 a 2017. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(9), 1-11. https://doi.org/10.25248/reas.e4241.2020

Pinto Junior, A. A., Cassepp-Borges, V., & Santos, J. G. (2015). Caracterização da violência doméstica contra crianças e adolescentes e as estratégias interventivas em um município do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos Saúde Coletiva, 23(2), 124-131. https://doi.org/10.1590/1414-462X201500020062

Platt, V. B., Back, I. C., Hauschild, D. B., & Guedert, J. M. (2018). Violência sexual contra crianças: autores, vítimas e consequências. Ciência & Saúde Coletiva, 23(4), 1019-1031. https://doi.org/10.1590/1413-81232018234.11362016

Pordeus, A. M. J., Vieira, L. J. E. S., Luna, G. L. M., Isacksson, R. R. A., Moreira, D. P., Frota, M. A., & Barbosa, I. L. (2012). Notificação de direitos violados segundo o Sistema de Informação para a Infância e Adolescência (SIPIA) no Nordeste brasileiro. Revista Brasileira em Promoção de Saúde, 24(4), 313-321. doi:10.5020/18061230.2011.p313

Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) n. 109, de 11 de novembro de 2009. Aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília: Distrito Federal. Recuperado de https://www.mds.gov.br/webarquivos/public/resolucao_CNAS_N109_%202009.pdf

Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) n. 510, de 7 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana. Brasília: Distrito Federal. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.html

Riba, A. C., & Zioni, F. (2022). O corpo da criança como receptáculo da violência física: análise dos dados epidemiológicos do Viva/Sinan. Saúde em Debate, 46, 193-207. https://doi.org/10.1590/0103-11042022E516

Ricas, J., Donoso, M. T. V., & Gresta, M. M. (2006). A violência na infância como uma questão cultural. Texto & Contexto - Enfermagem, 15(1), 151-154. https://doi.org/10.1590/S0104-07072006000100019

Silva, F. J. D., & Andrade, M. C. M. (2019). A violência institucional contra crianças, adolescentes e suas famílias: contexto histórico e perspectivas para a psicologia brasileira. Revista Mosaico, 10(2), 1-6. https://doi.org/10.21727/rm.v10i2Sup.1766

Silva, R. C., Garcia, C. B. F., & Junior, P. R. B. (2023). Desafios do enfrentamento à violência institucional contra crianças e adolescentes segundo a Lei 13.431/2017. Humanidades em Perspectivas, 4(9), 23-43. Recuperado de https://www.revistasuninter.com/revista-humanidades/index.php/revista-humanidades/article/view/191

Soares, M. Z. S. (2008). Avaliação do Sistema de Informação para a Infância e Adolescência (SIPIA), com foco na notificação de violência sexual na região metropolitana de Fortaleza, no período de 1999 a 2007. (Dissertação de Mestrado). Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP). Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Recuperado de https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5378

Souza, F. N. (2016). O Sistema de Informação para a Infância e Adolescência – SIPIA em Pernambuco: um estudo de caso do Conselho Tutelar de Garanhuns. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil. Recuperado de https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/1331?mode=full

Spaziani, R. B., & Vianna, C. P. (2020). Violência sexual contra crianças: a categoria de gênero nos estudos da educação. Educação Unisinos, 24, 1-18. https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.19292

Teixeira, E. C., Leite, A. P. L., Santos, W. H. M., Chaves, J. H. B., Duarte, I. A. C., & Cavalcante, J. C. (2019). Características dos casos de violência sexual ocorridos em Alagoas entre 2007-2016. O Mundo da Saúde, 43(4), 834-853. doi: 10.15343/0104-7809.20194304834853

Teodoro, C. (2022). Violência sexual na infância: gênero, raça e classe em perspectiva interseccional. Zero-a-Seis, 24, 1582-1598. https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e87381

Published

2025-01-31

How to Cite

Silva, G. da L. F., & Miura, P. O. (2025). Notifications of rights violations from SIPIA in Maceió, Alagoas. PSI UNISC, 9, 01-24. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v9i.18518

Issue

Section

Articles