La precariedad del trabajo y la deshumanización psicosocial en produciones cinematográficas
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v8i1.18498Palabras clave:
Trabajo, Cine, Salud mental, SubjetividadResumen
En este artículo cuestionamos el futuro de una ilusión de modernidad, establecida en los avances tecnológicos y las dinámicas neoliberales de organización del trabajo, a través del análisis interpretativo de dos producciones cinematográficas que exponen las dinámicas de explotación humana instrumentalizadas por la defensa de una modernización del Modos de (re)producción del trabajo. El análisis se establece a través de dos imágenes contrastantes: un futuro hipotético establecido en el pasado, a través de Tiempos Modernos; y un registro contemporáneo del trabajo precario en el documental Estou me guardando para quando o carnaval chegar. El objetivo es resaltar críticamente las transformaciones ocurridas en el mundo del trabajo, los avances tecnológicos y el ideal de modernización, y sus implicaciones para la dimensión psicosocial. Se adopta el camino metodológico de análisis de núcleos de significado, en conjunto con la Psicología Sociohistórica. Los resultados indican la organización de la ciudad como expresión de un (re)ordenamiento psicosocial basado en modos de producción; el ritmo deshumanizador de las cintas de correr de los trabajadores y de las máquinas de coser de los empresarios; la precariedad del trabajo en la época contemporánea que produce (aparentes) borraduras en las tensiones sociales que surgen de la organización social del trabajo, (re)produciendo una internalización de las coordenadas neoliberales como formas de organizar la psique. Se concluye que la (re)producción de modelos de precariedad/deshumanización psicosocial vacían e individualizan la dimensión ético-política del sufrimiento resultante de esta (des)organización del trabajo, la subjetividad y la salud mental.
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