Produção de subjetividade pelas práticas do vestir no Brechó de Troca: novos campos para a psicologia social
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v3i1.12605Palavras-chave:
Práticas do vestir, Moda, Produção de subjetividade, Brechó de troca.Resumo
O presente artigo mostra como o sistema da moda vem produzindo modos efêmeros de práticas do vestir calcadas no consumo frenético, a partir do olhar problematizador da relação do sujeito com a roupa enquanto produção de subjetividade. Se outrora a moda foi ferramenta para diferenciação de classes e setores sociais, hoje a produção de subjetividade implica em modos de parecer para ser. Tal efemeridade produz efeitos que a Psicologia Social pode ler como demanda para produção de projetos e modos de escuta de atuações já existentes. O projeto do Brechó de Troca é descrito como campo da Psicologia Social, de abordagem ético-estética e política. E um espaço de convívio onde o escambo é um chamariz para possíveis encontros, um grupo que resiste aos modos efêmeros de consumo de moda. O artigo mostra as condições de possibilidade para a criação do Projeto que, em janeiro de 2019 faz 10 anos de existência sempre resistindo aos recursos perversos do mercado de moda.
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