A NATUREZA DA CULTURA: A COEXISTÊNCIA DE ANTAGONISMOS
DOI:
https://doi.org/10.17058/rea.v26i3.12514Palavras-chave:
Geocultura, Rodolfo Kusch, Pensamento americano, Colonialidade do conhecimento.Resumo
Para o pensador argentino Rodolfo Kusch, se não há um horizonte simbólico, nem um solo, então não há como se decidir por algo. Ou seja: não há um sujeito cultural, apenas o sentido simbólico compartilhado; na comunidade americana, entre o relato da modernidade e da colonialidade, convivem, dualmente, de uma maneira em que o natural se culturaliza e o cultural se naturaliza, criando uma condição na qual o símbolo compartilhado em um território seja considerado um valor e que fortaleça a comunidade como um todo. Aportes da antropologia da psicanálise levaram a separar natureza e cultura, e o pensamento jurídico moldou, sem que percebêssemos, o direito natural em direito social, implicando um laço social complexo, diverso e pluricultural, em movimento permanente. O que se busca é sair da tríade que fundamenta a ação da modernidade – ser/essência/conceito -, para uma posição referida por Carlos Cullen como estar/estância/símbolo. Inicialmente, Kusch havia formulado a ideia de projeto para situar a condição do estar desde a ideia de negação. Para Kusch, a ideia de negação não traz um contexto de negar, apenas propõe uma referência diferente para o ser.Downloads
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