A EXPERIÊNCIA, O CORPO E A MEMÓRIA NA ESCOLA – REFLEXÕES NO ENSINO DAS ARTES VISUAIS PARA CRIANÇAS
DOI:
https://doi.org/10.17058/rea.v19i2.2080Palavras-chave:
Artes Visuais – Criança – Corpo – Cultura – ExperiênciaResumo
A separação corpo e espírito, corpo e mente vivenciada pela cultura ocidental perpetua a negação da corporeidade e de sua expressão, acompanhando e promovendo a separação e o distanciamento entre o observado e o observador, entre o Homem e a Natureza. O corpo, que tem sido esquecido pelos adultos na escola, é objeto de aprendizagens e conhecimento para as crianças. Contrariando as formas convencionais educativas, o corpo precisa conquistar e ocupar outros espaços escolares, potencializando a materialização de nossos quereres e devires no mundo. Procurando entender as questões da corporeidade, da memória e da Arte na escola realizei experiências de ensino com pesquisa (2007 a 2009), com alunos do Ensino Fundamental, na disciplina de Artes Visuais, numa escola de Pelotas, RS. Procurei, através do processo artístico do desenho com giz no chão, possibilitar vivências de ser no espaço e não de estar nele, como o proposto por Merleau-Ponty (1989). Nas produções artísticas que fizeram com o corpo e na forma de atuação e movimentação corporal no pátio da escola, as crianças reafirmaram a proposição do autor. As crianças se formam no espaço psíquico de sua cultura, em contato com as pessoas e com as propostas pedagógicas que circulam no ambiente escolar. Assim, existindo na experiência, os alunos tornam-se pertencentes a uma determinada cultura produzida no momento em que efetivamente a experienciaram, de acordo com as relações que estabeleceram entre si mesmos, com os colegas e professora. Apoiando-me em Brandão (2008), Josso (2004) e Maturana (2004) almejo refletir sobre as questões da experiência e memória, temas considerados relevantes para o questionamento da formação docente e das práticas de ensino em Artes Visuais.Downloads
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