ESCRITURAS DE PROFESSORES NA CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS
DOI:
https://doi.org/10.17058/rea.v15i2.325Palavras-chave:
escritura coletiva, auto-organização, tecnologias, diferenças.Resumo
Neste estudo procuramos analisar como um grupo de professoras com condições perceptivas diferentes - auditivas ou visuais - produzem uma escrita na convergência de mídias. Nossa hipótese é de que as práticas de composição escrita na Internet possibilitam novas e inusitadas coordenações de ações, novos modos de escrever. A recursividade constitutiva entre escrita e tecnologia é descrita por vários autores, demonstrando que as tecnologias se transformam em ferramentas constitutivas de modos de pensar e conhecer. A escritura surge como processo em que as professoras se auto-organizam no encontro com colegas com as quais partilham perspectivas para a educação. Observamos os movimentos do escrever em duas circunstâncias diferentes. A primeira delas se refere às escrituras a partir do qual emerge um hiperdocumento. A segunda, às “conversações escritas”, que são as trocas entre as professoras registradas nos fóruns e salas de bate-papo em um ambiente virtual. As professoras, engajadas nas páticas de escritura em que mostram o trabalho que realizam, se deparam com a escritura de uma colega cega e de uma colega surda e com ajudas tecnológicas específicas para o escrever. Uma escrita que se faz no acoplamento com tecnologias digitais produz uma convergência interativa na qual existe grandes possibilidades de interlocução entre pessoas com diferentes condições perceptivas, pois mudam os modos sensorio-motores de acoplamento com a escrita e as coordenações de ações na rede de conversações escritas tecidas pelas professoras. Uma produção hipertextual pode fazer convergir tecnologias e professores que passam a reconhecer como legítimas as formas de escritura, os sistemas e línguas utilizados para viver e conhecer. Palavras-chave: escritura coletiva, auto-organização, tecnologias, diferenças.Downloads
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