A BABEL DIAGNÓSTICA E A ESCOLARIZAÇÃO DE SUJEITOS COM AUTISMO E PSICOSE INFANTIL: ATOS E UMA LEITURA
DOI:
https://doi.org/10.17058/rea.v17i1.764Resumen
O presente texto aborda a escolarização de crianças e adolescentes com graves problemas de desenvolvimento ou constituindo uma estruturação atípica, seja ela o autismo ou a psicose. Neste vasto e complexo campo, o recorte privilegiado aproxima psicanálise freudo-lacaniana, hermenêutica-filosófica, educação especial e processos inclusivos. Mais especificamente, reflete-se sobre o lugar do diagnóstico na construção das (im)possibilidades escolares, a partir da análise dos últimos 28 anos de produção científico-acadêmica sobre o tema. A proposição é a de que existe uma centralidade do diagnóstico na condução dos percursos educacionais desses sujeitos. Freqüentemente, o diagnóstico é identificado como o ato de desvelar e/ou decodificar. Em outra perspectiva, defende-se que a relação diagnóstico-escolarização implica a construção de uma leitura, a invenção de possibilidades. Não sendo possível determinar a veracidade das diversas teorias, o processo de escolarização inclui em não-saber constitutivo. Como não há um percurso pré-estabelecido, garantido e antecipado pelo diagnóstico, o professor e a escola responsabilizam-se por suas escolhas, visando à experiência escolar de seu aluno. Daí a base de sua conduta ser ética, em lugar de um método ou técnica. Como metáfora do trabalho interpretativo, apresento a imagem de uma biblioteca que se constrói, oferece, escreve e inscreve a partir do encontro entre texto e leitor. Colocar a biblioteca como espaço privilegiado desta argumentação implica tomar como centro de discussão a linguagem e a leitura. Trata-se de um deslocamento do foco de atenção do sujeito com autismo, com psicose, para o professor, o outro, que lê, interpreta e constrói (im)possibilidades escolares.Descargas
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