EFICÁCIA DA VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO NA FORÇA DO QUADRÍCEPS E SALTO VERTICAL EM ATLETAS SAUDÁVEIS: uma revisão sistemática e meta-análise
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v8i1.18558Palavras-chave:
Treinamento físico, Repercussões musculoesqueléticas, Atletas profissionais, ExercícioResumo
Introdução: a vibração de corpo inteiro (WBV) é atualmente um método de treinamento muito utilizado como coadjuvante em vários esportes para melhorar o desempenho da força. Este é um treinamento muscular para práticas esportivas exigentes de atletas que estejam bem preparados fisicamente para melhor desempenho. Além disso, a literatura mostra que o treinamento físico com exercícios aeróbicos e resistidos promove melhora na capacidade regenerativa do atleta. No entanto, há necessidade de verificar os efeitos da VCI na força muscular e do salto vertical em atletas. Objetivo: esta revisão e meta-análise teve como objetivo avaliar a eficácia da vibração de corpo inteiro (WBV) na força muscular e no salto vertical em atletas saudáveis. Método: revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados que utilizaram a VCI comparada a exercícios usuais em atletas de diferentes modalidades e tendo como desfechos a avaliação da força muscular e do salto vertical. Foram utilizadas as bases de dados PubMed/Medline, SciELO, LILACS, CINAHL e PEDro, sem restrições de idioma ou ano. Os termos de busca utilizados foram: ‘atletas’, ‘força muscular’, ‘treinamento de resistência’, ‘contração muscular’, ‘força’, ‘ensaio clínico’ e ‘vibração de corpo inteiro’. Risco de viés (RoB 2.0) e qualidade da evidência (GRADE) foram avaliados. Resultados: três ensaios clínicos participaram da revisão, apresentaram risco variado de viés e baixa qualidade de evidência. O programa WBV para atletas aumentou a força muscular; entretanto, não foram verificados efeitos para a altura do salto vertical. Conclusão: os estudos avaliados nesta revisão mostram que o treinamento com VCI foi eficaz no aumento da força muscular em atletas, principalmente quando associado a outros treinamentos convencionais; no entanto, não foram observadas alterações para a altura do salto vertical. Os estudos mostraram risco variável de viés e baixa qualidade de evidência.
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