COMER EMOCIONAL DE PESSOAS COM DOENÇAS METABÓLICAS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v8i1.18796Palavras-chave:
Doenças metabólicas, Comer, EmocionalResumo
Introdução: este artigo traz como eixo norteador situações em que a alimentação é utilizada como resposta a alguma desregulação emocional por pessoas com doenças metabólicas. Objetivo: identificar a presença do comer emocional em usuários do ambulatório médico de endocrinologia e do ambulatório multiprofissional de doenças crônicas da residência multiprofissional, de um hospital universitário no interior do Rio Grande do Sul Método: estudo transversal e descritivo, realizado com usuários que apresentavam alguma alteração metabólica, acompanhadas em um ambulatório de endocrinologia de um hospital universitário da região central do RS. Para coleta de dados foi utilizado um formulário com questões socioeconômicas e de autocuidado, além destes para identificar o comer emocional foi utilizado o questionário Emotional Eater Questionnaire (EEQ). Foram realizadas análises estatísticas descritivas. Resultados: participaram 50 usuários, com predomínio do sexo atribuído no nascimento feminino (80%), residentes no município sede da pesquisa (42%), com faixa etária entre 31 e 59 anos. Evidenciou-se maior percentagem de usuários que realizavam algum tipo de acompanhamento psicológico (52%) e que tinham diagnóstico de pré-diabetes (56%). Com relação ao comer emocional, predominou a classificação como comedores emocionais (34%), seguido pelos comedores emocionais baixos (26%), comedores muito emocionais (22%) e comedores não emocionais (18%). Conclusões: foi identificado que os pacientes com alteração metabólica se enquadram em algum nível de comedores emocionais. Utilizar a alimentação como estratégia para aliviar as dores emocionais pode, ao longo do tempo, prejudicar a condição de saúde.
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