ESTADO CIVIL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADULTOS BRASILEIROS: uma revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/rips.v7i3.18821

Palavras-chave:

Atividade física, Estado civil, Adultos, Brasil, Revisão

Resumo

Objetivo: Identificar as possíveis relações entre estado civil e a prática de atividade física entre adultos brasileiros. Método: Em novembro de 2021, realizou-se uma revisão sistemática em nove bases de dados eletrônicas (Academic Search Premier, Embase, Lilacs, Pubmed, Psycinfo, Scielo, Scopus, Sportdiscus e Web of Science), no Google Acadêmico e em listas de referências, estabelecendo-se como critérios os estudos originais conduzidos no Brasil, envolvendo amostras de homens e mulheres acima de 18 anos, sem condições clínicas específicas e impeditivos para a prática de atividade física. Os estudos de interesse deveriam conter análises com, pelo menos, três estratos de estado civil (ex.: solteiros, casados/com parceiro e separados/divorciados), sem objeções quanto aos domínios, tipos, instrumentos e pontos de corte de atividade física. Resultados: Após análise dos 12.978 estudos iniciais, a síntese descritiva foi composta por 21 artigos, que representam 17 estudos. Quando consideradas as análises multivariadas dos artigos, com gêneros agregados, três estudos registraram menores níveis de atividade física no tempo livre entre pessoas “casadas/com parceiro” quando comparadas às pessoas solteiras. Conclusão: Faz-se necessário um olhar especial para o reconhecimento das barreiras para a atividade física entre essas populações, bem como sua adequada compreensão nas políticas públicas voltadas à promoção da atividade física.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bauman AE, Reis RS, Sallis JF, Wells JC, Loos RJ, Martin BW, et al. Correlates of physical activity: why are some people physically active and others not? Lancet 2012; 380(9838):258-71. doi: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)60735-1.

Werneck AO, Winpenny EM, Foubister C, Guagliano JM, Monnickendam AG, van Sluijs EMF, et al. Cohabitation and marriage during the transition between adolescence and emerging adulthood: A systematic review of changes in weight-related outcomes, diet and physical activity. Prev Med Rep 2020; 20:101261. doi: https://doi.org/10.1016/j.pmedr.2020.101261.

Dourado TEPS, Borges PA, Silva JI, Souza RAG, Andrade ACS. Associação entre atividade física de lazer e conhecimento e participação em programas públicos de atividade física entre idosos brasileiros. Rev Bras Geriatr Gerontol 2021; 24(4):e210148. doi: https://doi.org/10.1590/1981-22562022025.210148

Del Duca GF, Nahas MV, Garcia LM, Silva SG, Hallal PC, Peres MA. Active commuting reduces sociodemographic differences in adherence to recommendations derived from leisure-time physical activity among Brazilian adults. Public Health 2016; 134:12-7. doi: https://doi.org/10.1016/j.puhe.2016.01.016.

Florindo AA, Guimarães VV, Cesar CL, Barros MB, Alves MC, Goldbaum M. Epidemiology of leisure, transportation, occupational, and household physical activity: prevalence and associated factors. J Phys Act Health 2009; 6(5):625-32. doi: https://doi.org/10.1123/jpah.6.5.625.

Gomes MA, Duarte MFS, Pereira JS, Fernandes YR, Poeta LS, Borgatto AF. Inatividade física habitual e fatores associados em população nordestina atendida pela Estratégia Saúde da Família. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2009; 11(4):365-372. doi: https://doi.org/10.1590/1980-0037.2009v11n4p365.

Siqueira FV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thumé E, Silveira DS, et al. Atividade física em adultos e idosos residentes em áreas de abrangência de unidades básicas de saúde de municípios das regiões Sul e Nordeste do Brasil. Cad Saude Publica 2008; 24(1):39-54. doi: https://doi.org/10.1590/s0102-311x2008000100005.

Alves JG, Siqueira FV, Figueiroa JN, Facchini LA, Silveira DS, Piccini RX, et al. Prevalência de adultos e idosos insuficientemente ativos moradores em áreas de unidades básicas de saúde com e sem Programa Saúde da Família em Pernambuco, Brasil. Cad Saude Publica 2010; 26(3):543-56. doi: https://doi.org/10.1590/s0102-311x2010000300012.

Bicalho PG, Hallal PC, Gazzinelli A, Knuth AG, Velásquez-Meléndez G. Adult physical activity levels and associated factors in rural communities of Minas Gerais State, Brazil. Rev Saude Publica 2010; 44(5):884-93. doi: https://doi.org/10.1590/s0034-89102010005000023.

Zanchetta LM, Barros MBA, Cesar CLG. Inatividade física e fatores associados em adultos, São Paulo, Brasil. Rev Bras Epidemiol 2010; 13(13):387-99. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2010000300003.

Alves JG, Figueiroa JN, Alves LV. Prevalence and predictors of physical inactivity in a slum in Brazil. J Urban Health 2011; 88(1):168-75. doi: https://doi.org/10.1007/s11524-010-9531-8.

Gomes GA, Reis RS, Parra DC, Ribeiro I, Hino AA, Hallal PC, et al. Walking for leisure among adults from three Brazilian cities and its association with perceived environment attributes and personal factors. Int J Behav Nutr Phys Act 2011; 8:111. doi: https://doi.org/10.1186/1479-5868-8-111.

Silva SPS, Sandre-Pereira G, Salles-Costa R. Fatores sociodemográficos e atividade física de lazer entre homens e mulheres de Duque de Caxias/RJ. Cien Saude Colet 2011; 16(11):4491-501. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001200022.

Pitanga FJ, Lessa I, Barbosa PJ, Barbosa SJ, Costa MC, Lopes AS. Fatores sociodemográficos associados aos diferentes domínios da atividade física em adultos de etnia negra. Rev Bras Epidemiol 2012; 15(2):363-75. doi: https://doi.org/10.1590/s1415-790x2012000200014.

Pitanga FJ, Lessa I, Barbosa PJ, Barbosa SJ, Costa MC, Lopes AS. Factors associated with leisure time physical inactivity in black individuals: hierarchical model. PeerJ 2014; 2:e577. doi: https://doi.org/10.7717/peerj.577.

Reis RS, Hino AA, Parra DC, Hallal PC, Brownson RC. Bicycling and walking for transportation in three Brazilian cities. Am J Prev Med 2013; 44(2):e9-17. doi: https://doi.org/10.1016/j.amepre.2012.10.014.

Sa TH, Salvador EP, Florindo AA. Factors associated with physical inactivity in transportation in Brazilian adults living in a low socioeconomic area. J Phys Act Health 2013; 10(6):856-62. doi: https://doi.org/10.1123/jpah.10.6.856.

Teixeira I, Nakamura P, Smirmaul B, Fernandes R, Kokubun E. Fatores associados ao uso de bicicleta como meio de transporte em uma cidade de médio porte. Rev Bras Ativ Fis Saude 2013; 18(6):698-710. doi: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.18n6p698.

Nakamura PN, Teixeira IP, Hino AAF, Kerr J, Kokubun E. Association between private and public places and practice of physical activity in adults. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2016; 18(3):297-310. https://doi.org/10.5007/1980-0037.2016v18n3p297.

Bezerra VM, Andrade AC, César CC, Caiaffa WT. Domínios de atividade física em comunidades quilombolas do sudoeste da Bahia, Brasil: estudo de base populacional. Cad Saude Publica 2015; 31(6):1213-24. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00056414.

Gomes CS, Matozinhos FP, Mendes LL, Pessoa MC, Velasquez-Melendez G. Physical and social environment are associated to leisure time physical activity in adults of a Brazilian city: a cross-sectional study. PLoS One 2016; 11(2):e0150017. doi: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0150017.

Florindo AA, Barrozo LV, Cabral-Miranda W, Rodrigues EQ, Turrell G, et al. Public open spaces and leisure-time walking in Brazilian adults. Int J Environ Res Public Health 2017; 14(6):553. doi: https://doi.org/10.3390/ijerph14060553.

Florindo AA, Barrozo LV, Turrell G, Barbosa JPDAS, Cabral-Miranda W, Cesar CLG, et al. Cycling for Transportation in Sao Paulo City: Associations with Bike Paths, Train and Subway Stations. Int J Environ Res Public Health 2018; 15(4):562. doi: https://doi.org/10.3390/ijerph15040562.

Rodrigues DE, César CC, Kawachi I, Xavier CC, Caiaffa WT, Proietti FA. The influence of neighborhood social capital on leisure-time physical activity: a population-based study in Brazil. J Urban Health 2018; 95(5):727-738. doi: https://doi.org/10.1007/s11524-018-0293-z.

Rodrigues DN, Mussi RFF, Almeida CB, Nascimento Junior JRA, Moreira SR, Carvalho FO. Sociodemographic determinants associated with physical activity level of quilombolas in the Brazilian state of Bahia: 2016 survey. Epidemiol Serv Saude 2020; 29(3):e2018511. doi: https://doi.org/10.5123/s1679-49742020000300019.

Kiecolt-Glaser JK, Wilson SJ. Lovesick: How Couples' Relationships Influence Health. Annu Rev Clin Psychol 2017; 13:421-443. doi: https://doi.org/10.1146/annurev-clinpsy-032816-045111.

Telama R. Tracking of physical activity from childhood to adulthood: a review. Obes Facts 2009; 2(3):187-95. doi: https://doi.org/10.1159/000222244.

Penna TA, Paravidino VB, Morgado FR, Oliveira BR, Maranhão-Neto GA, Machado S, et al. Association between social support and frequency of physical activity in adult workers. Rev Bras Med Trab 2022; 20(4):547-554. doi: https://doi.org/10.47626/1679-4435-2022-786.

Barros MB, Iaochite RT. Autoeficácia para a prática de atividade física por indivíduos adultos. Motricidade 2012; 8(2):32-41. doi: http://dx.doi.org/10.6063/motricidade.8(2).710.

Brasil. Vigitel Brasil 2006-2021: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de prática de atividade física nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal entre 2006 e 2021: prática de atividade física. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_atividade_fisica_2006_2021.pdf.

Downloads

Publicado

2024-08-30

Como Citar

Henkemaier, K. C. M. . ., Hino, A. A. F., Santos, G. M., Souza, I. R. ., Lorenzi, L. J., Ribeiro Júnior, E. J. F. ., Gomes, G. A. de O. ., & Guerra, P. (2024). ESTADO CIVIL E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM ADULTOS BRASILEIROS: uma revisão sistemática. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 7(3), 35-48. https://doi.org/10.17058/rips.v7i3.18821

Edição

Seção

ARTIGO DE REVISÃO