ADEQUAÇÃO DO PRÉ-NATAL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL DO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/rips.v8i1.19002

Palavras-chave:

Caderneta Pré-Natal, Gestação, Mãe, Saúde da Mulher

Resumo

Introdução: a finalidade do pré-natal é identificar os fatores de risco em tempo hábil, a fim de tomar medidas para prevenir doenças e manter um alto nível de atenção à saúde materna e infantil durante a gravidez. Embora tenha havido um aumento da qualidade e do acesso aos cuidados de saúde materna em todo o mundo, muitas vezes o nível de adequação dos cuidados pré-natais é, infelizmente, inadequado ou insuficiente. Objetivo: avaliar a adequação da assistência pré-natal às puérperas da Rede Básica de Saúde em um Hospital Universitário do Sul do Brasil e associá-la aos determinantes sociodemográficas e de saúde. Método: estudo transversal prospectivo, com informações obtidas por meio de questionário/entrevista, prontuário e cartão de gestante das mães internadas no Serviço de Obstetrícia de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Resultados: no geral, 61,1% das mulheres relataram iniciar o pré-natal antes da 14ª semana de gestação, sendo o pré-natal considerado adequado em 67,0% das mulheres. O pré-natal adequado esteve associado à primeira gravidez, gravidez planejada e maior idade gestacional. Já o pré-natal inadequado esteve associado à maior número de gestações, baixa escolaridade, menor idade gestacional e caderneta de pré-natal incompleta. Conclusão: pré-natal inadequado esteve associado à multiparidade, escolaridade, idade gestacional e caderneta de pré-natal incompleta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Clarice dos Santos Mottecy, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Mestre; Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Patrícia Molz, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil.

Raquel Montagner Rossi, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.

Médica; Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.

Itamar dos Santos Riesgo, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.

Doutor; Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.

João Francisco Piovezan Ramos, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.

Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.

Daniel Prá, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Doutor; Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Silvia Isabel Rech Franke, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS

Doutora; Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Referências

Goudard MJ, Simões VM, Batista RF, Queiroz RC, Alves MT, Coimbra LC, Martins MD, Barbieri MA, Nathasje IF. Inadequacy of the content of prenatal care and associated factors in a cohort in the northeast of Brazil. Ciênc Saúde Colet 2016; 21:1227-38. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232015214.12512015

Ickovics JR, Lewis JB, Cunningham SD, Thomas J, Magriples U. Transforming prenatal care: Multidisciplinary team science improves a broad range of maternal–child outcomes. Am Psychol 2019; 74(3):343. doi: https://doi.org/10.1037/amp0000435

Rodrigues TA, Pinheiro AKB, Silva AA, Castro LRG, da Silva MB, Fonseca LMB. Quality of the prenatal care records in the pregnant women’s booklet. Rev Baiana Enferm 2020; 34:e35099. doi: https://doi.org/10.18471/rbe.v34.35099

Brito FA, Moroskoski M, Shibawaka BM, Oliveira RR, Toso BR, Higarashi IH. Rede Cegonha: maternal characteristics and perinatal outcomes related to prenatal consultations at intermediate risk. Rev Esc Enferm USP 2022; 56:e20210248. doi: https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0248

Barros PD, Aquino ÉC, Souza MR. Fetal mortality and the challenges for women’s health care in Brazil. Rev Saúde Pública 2019; 53:12. doi: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2019053000714

Tenorio DS, de Matos Brasil AG, Nogueira BG, Lima NN, Araújo JE, Neto ML. High maternal mortality rates in Brazil: Inequalities and the struggle for justice. Lancet Reg Health Am 2022; 14:100343. doi: https://doi.org/10.1016/j.lana.2022.100343

Brazil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Brasília (DF): MS; 2011.

Brazil. Ministério da Saúde. Portaria nº 569, de 01 de junho de 2000. Institui o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, no âmbito do Sistema Único de Saúde. In: Diário Oficial da União, Brasília (DF): MS; 8 de junho de 2000, seção 1, p. 4-6.

Mario DN, Rigo L, Boclin KD, Malvestio LM, Anziliero D, Horta BL, Wehrmeister FC, Martínez-Mesa J. Quality of Prenatal Care in Brazil: National Health Research 2013. Ciênc Saúde Colet 2019; 24:1223-32. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232018243.13122017

Saavedra JS, Cesar JA, Linhares AO. Prenatal care in Southern Brazil: coverage, trend and disparities. Rev Saúde Pública 2019; 53:40. doi: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2019053000968

Leal LF, Malta DC, Souza MD, Vasconcelos AM, Teixeira RA, Veloso GA, Lansky S, Ribeiro AL, França GV, Naghavi M. Maternal Mortality in Brazil, 1990 to 2019: a systematic analysis of the Global Burden of Disease Study 2019. Rev Soc Bras Med Trop 2022; 55(1):e0279-2021. doi: https://doi.org/10.1590/0037-8682-0279-2021

Tomasi E, Fernandes PA, Fischer T, Siqueira FC, Silveira DS, Thumé E, Duro SM, Saes MD, Nunes BP, Fassa AG, Facchini LA. Quality of prenatal services in primary healthcare in Brazil: indicators and social inequalities. Cad Saúde Pública 2017; 33:e00195815. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311x00195815

Almeida RN, Filha FS, de Sousa Moreira A, da Silva ML, dos Santos EP, da Silva Paiva LC, de Macedo LK. Attention to women in pre-christmas: Analysis of care versus right to health. IMMES. 2019; 2(2):41-7. doi: https://doi.org/10.5935/2595-4407/rac.immes.v2n2p41-47

Oliveira RL, Ferrari AP, Parada CM. Process and outcome of prenatal care according to the primary care models: a cohort study. Rev Lat Am Enfermagem 2019; 27:e3058. doi: https://doi.org/10.1590%2F1518-8345.2806.3058

Bellizzi S, Padrini S. Quality utilization of antenatal care and low birth weight: evidence from 18 demographic health surveys. East Mediterr Health J. 2020; 26(11):1381-1387. doi: https://doi.org/10.26719/emhj.20.055

Thai A, Johnson KM. Relationship between Perceived Quality of Prenatal Care and Maternal/Infant Health Outcomes. South Med J 2022; 115(12):893-8. doi: https://doi.org/10.14423/smj.0000000000001483

Brazil. Technical Institutional Reports. Antinatal and Delivery Humanization Program. Rev Bras Saúde Mat Infant 2002; 2:69-71. doi: https://doi.org/10.1590/S1519-38292002000100011

Jacobi ER, Gomes CM, Jacobi LF. Análise dos indicadores relativos à saúde da gestante de um município do sul do Brasil. Saúde 2018; 3(44):1-12. doi: https://doi.org/10.5902/2236583422156

ABEP. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. São Paulo: ABEP; 2013 [citado em 10 de abril de 2023]. Disponível em: www.abep.org/new/criterioBrasil.aspx.

Capurro H, Konichezky S, Fonseca D. A simplied method for diagnosis of gestational age in the newborn infant. J Pediatr 1978; 93(1)120-122. doi: https://doi.org/10.1016/S0022-3476(78)80621-0

Battaglia FC, Lubchenco LO. A practical classification of newborn infants by weight and gestational age. J Pediatr. 1967; 71(2):159-63. doi: https://doi.org/10.1016/S0022-3476(67)80066-0

Takeda S. Avaliação de unidade de atenção primária: modificação dos indicadores de saúde e qualidade da atenção [dissertação]. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas; 1993.

Leal MD, Esteves-Pereira AP, Viellas EF, Domingues RM, Gama SG. Prenatal care in the Brazilian public health services. Rev Saúde Pública 2020; 54:08. doi: https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2019053000968

Souza DR, de Morais TN, da Silva Costa KT, de Andrade FB. Maternal health indicators in Brazil: a time series study. Medicine. 2021; 100(44):e27118. doi: https://doi.org/10.1097%2FMD.0000000000027118

Mazzetto FM, de Oliveira Prado JT, da Silva JC, Siqueira FP, Marin MJ, Escames L, Kim CJ. The waiting room: health education in a high risk pregnancy clinic. Saúde e Pesqui 2020; 13(1):93-104. doi: https://doi.org/10.17765/2176-9206.2020v13n1p93-104

Anversa ET, Bastos GA, Nunes LN, Dal SP. Quality of prenatal care: traditional primary care and Family Health Strategy units in a city in southern Brazil. Cad Saúde Pública 2012; 28(4):789-800. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2012000400018

Rodrigues KM, Zoldan C, Silva CB, Santana EF, Araujo Júnior E, Peixoto AB. Relationship between the number of prenatal care visits and the occurrence of adverse perinatal outcomes. Rev Assoc Med Bras 2022; 68:256-60. doi: https://doi.org/10.1590/1806-9282.20211239

Geiger CK, Clapp MA, Cohen JL. Association of prenatal care services, maternal morbidity, and perinatal mortality with the advanced maternal age cutoff of 35 years. JAMA Health Forum 2021; 2(12):e214044. doi: https://doi.org/10.1001%2Fjamahealthforum.2021.4044

Shin D, Song WO. Influence of the adequacy of the prenatal care utilization index on small-for-gestational-age infants and preterm births in the United States. J Clin Med 2019; 8(6):838. doi: https://doi.org/10.3390%2Fjcm8060838

Vale CC, Almeida NK, Almeida RM. Association between prenatal care adequacy indexes and low birth weight outcome. Rev Bras Ginecol Obstet 2021; 43:256-63. doi: https://doi.org/10.1055/s-0041-1728779

Downloads

Publicado

2025-01-02

Como Citar

dos Santos Mottecy, C. ., Molz, P., Montagner Rossi, R., dos Santos Riesgo, I. ., Piovezan Ramos, J. F. ., Prá, D. ., & Rech Franke, S. I. (2025). ADEQUAÇÃO DO PRÉ-NATAL EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL DO BRASIL. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 8(1), 121-130. https://doi.org/10.17058/rips.v8i1.19002

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL