Formação de estudantes da área da saúde em práticas integrativas e complementares
DOI:
https://doi.org/10.17058/rips.v2i2.14080Keywords:
Terapias Complementares, Política de Saúde, Estudantes de Ciências da Saúde.Abstract
Objetivo: identificar qual o conhecimento, formação e interesse dos acadêmicos da área da saúde sobre Práticas Integrativas e Complementares (PIC). Método: a coleta ocorreu no período de setembro a outubro de 2018 por meio de um questionário estruturado online, enviado ao e-mail institucional da amostra. Participaram da pesquisa, 130 acadêmicos dos semestres iniciais (1º ao 3º) e finais (8º ao 10°). Resultados: houve participação de acadêmicos de nove cursos da área da saúde, 33 dos semestres iniciais e 97 dos semestres finais, predominando nessa população, o sexo feminino (88,46%). Houve diferença significativa (p<0,05) entre semestres iniciais e finais quanto a “ouvir falar em PIC”, 92,9% apontaram interesse no desenvolvimento destas práticas, porém não houve diferença significativa entre os semestres. As práticas apontadas como interesse em implementar e desenvolver estão o Reiki (44,9%), Yoga (41,9%), Meditação (42,4%), Homeopatia (33,3%) e Terapia de Florais (32,3%). A participação em eventos/capacitações demonstrou diferença significativa (p<0,05) entre semestres. Quanto a regulamentação das PIC, 54% a desconhecem. Quanto ao exercício do profissional, se é exigida formação específica, 34,5% declararam que sim. Da implementação das PIC no currículo, 87,9% consideram importante para formação. Sobre a principal contribuição das PIC para o paciente, 97,5% apontaram como medida de promoção, prevenção e tratamento. Considerações finais: estes resultados permitem concluir que os acadêmicos desejam que estas práticas sejam incluídas na sua formação, tornando-se necessário o interesse e planejamento da universidade na inclusão destas no currículo dos acadêmicos da área da saúde.Downloads
References
Lima KMSV, Silva KL, Tesser CD. Práticas integrativas e complementares e relação com promoção da saúde: experiência de um serviço municipal de saúde. Interface: Comunicação Saúde Educação 2013;18:1-12. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622013.0133
Nascimento MC, Romano VF, Chazan ACS, Quaresma CH. Formação em práticas integrativas e complementares em saúde: desafios para as universidades públicas. Rev Trab Educ Saúde 2018; 1-22. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00130.
Brasil.Portaria n° 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC. Brasília, mar. 2018.
Teixeira MZ, Lin CA. Educação médica em terapêuticas não convencionais. Rev Med2013;92(4):224-35.doi: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v92i4p224-235.
Santos LF, Cunha AZS. A utilização de práticas complementares por enfermeiros do Rio Grande do Sul. Rev Enferm - UFSM 2011;1(3):369-76. doi: http://dx.doi.org/10.5902/217976923047
Brasil. Resolução n° 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília, mai. 2006.
Brasil. Portaria nº 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Brasília, mar. 2017.
Sirois FM., Salamonsen A, Kristoffersen AE. Reasons for continuing use of Complementary and Alternative Medicine (CAM) in students: a consumer commitment model. BMC Complementary and Alternative Medicine 2016;16(75):1-9. doi: 10.1186/s12906-016-1059-3.
Caires JS, Andrade TA, Amaral JB, Calasans MTA, Rocha MDS. A utilização das terapias complementares nos cuidados paliativos: benefícios e finalidades. Cogitare Enferm 2014;19(3):514-20.doi: http//dx.doi.org/10.5380/ce.v19i3.33861
Upchurch, DM, Rainisch BW. The importance of wellness among users of complementary and alternative medicine: findings from the 2007 National Health Interview Survey. BMC Complementary and Alternative Medicine 2015;15(362):1-10. doi: 10.1186/s12906-015-0886-y.
Bahall M.; Legall G. Knowledge, attitudes, and practices among health care providers regarding complementary and alternative medicine in Trinidad and Tobago. BMC Complementary and Alternative Medicine 2017;17(144):1-9. doi 10.1186/s12906-017-1654-y.
Machado MMT, Oliveira JC, Fechine ADL. Acupuntura: Conhecimento e Percepção de Professores Universitários. Rev Bras Educ Médica 2012;36(1):41-49. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022012000100006.
Silva NCM, Iunes DH, Resck ZMR, Soares MI, Souza Junior DI, Vieira NF. Estratégias de ensino das terapias alternativas e complementares na graduação em Enfermagem. Rev Eletr Enf [Internet] 2013;15(4):1061-7. doi: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i4.20568.
Gomes DRGM, Almeida AMB, PessôaCKL, Porto CMV, França LC. A inclusão das terapias integrativas e complementares na formação dos acadêmicos da saúde. SANARE, Sobral 2017;16(Suppl 1):74-81.
Ribeiro LCC, Ribeiro M. Soares VAR. Avaliação acadêmica acerca das Diretrizes Curriculares Nacionais em saúde. Revistas Tempus - Actas de Saúde Coletiva 2015;9(1):167-187.doi: http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v9i1.1700
Brasil. Resolução n. 6, de 19 de outubro de 2017. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação. Brasília, out. 2017.
Damasceno CM, Almeida JRGS, Dias CM, Dantas MGB, Saraiva SRGL, Andrade RB, Faria MD. Avaliação do conhecimento de estudantes universitários sobre medicina alternativa. Rev Baiana de Saúde Pública 2016;40(2):289-297. doi: 10.22278/2318-2660.
Salles LF, Homo RFB, Silva MJP. Práticas Integrativas e Complementares: Situação do seu Ensino na Graduação de Enfermagem no Brasil. Revista Saúde, UNG – SER. 2014;8(3/4):37-44. Israel VL, Guimarães ATB, Pardo MB. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde: Hidrotermalismo como Ambiente e Recurso de Atuação do Fisioterapeuta. Divers@ Revista Eletrônica Interdisciplinar [Internet] 2017;10(2):79-90. doi: http://dx.doi.org/10.5380/diver.v10i2.58063.
Brasil. Resolução CFM n.º 1000/80 de 21 de julho de 1980. Acrescenta na relação de especialidades reconhecidas pelo CFM, para efeito de registro de qualificação de especialistas a hansenologia e a homeopatia. Brasília, jul. 1980.
Oliveira IF, Peluso BHB, Freitas FAC, Nascimento MC. Homeopatia na Graduação Médica: Trajetória da Universidade Federal Fluminense. Revista Brasileira de Educação Médica 2018;42(1):92-102. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v42n1RB20160097.
Hadley J, Hassan I, Khan KS. Knowledge and beliefs concerning evidence-based practice amongst complementary and alternative medicine health care practitioners and allied health care professionals: A questionnaire survey. BMC Complementary and Alternative Medicine 2008;8(45):1-7. doi: https://doi.org/10.1186/1472-6882-8-45.
Tiralongo E, Wallis M. Attitudes and perceptions of Australian pharmacy students towards Complementary and Alternative Medicine – a pilot study. BMC Complementary and Alternative Medicine 2008;8(2):1-9. doi: 10.1186/1472-6882-8-2.
James PB, Bah A. Awareness, use, attitude and perceived need for Complementary and Alternative Medicine (CAM) education among undergraduate pharmacy students in Sierra Leone: a descriptive cross-sectional survey. BMC Complementary and Alternative Medicine 2014;14(438):1-9.doi: 10.1186/1472-6882-14-438.
Sousa IMC, Bodstein RCA, Tesser CD, Santos FAS, Hortale VA. Práticas integrativas e complementares: oferta e produção de atendimentos no SUS e em municípios selecionados. Caderno de Saúde Pública [online] 2012;28(11):2143-2154.doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012001100014.
Nascimento MVN, Oliveira IF. As práticas integrativas e complementares grupais e sua inserção nos serviços de saúde da atenção básica. Estudos de Psicologia 2016;21(3):272-281. doi: http://dx.doi.org/10.5935/1678-4669.20160026.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.