Influência da fisioterapia aquática na capacidade funcional e qualidade de vida de idosos hipertensos

Autores

  • Simone Barbosa dos Santos
  • Milena de Oliveira Santos
  • Lucas Lima Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.17058/rips.v1i1.11940

Resumo

Objetivo: comparar a capacidade funcional e qualidade de vida em idosos hipertensos que realizam fisioterapia aquática e os que não fazem tratamento. Método: estudo observacional, realizado em uma clínica escola de fisioterapia. Participaram 24 idosos de ambos os sexos, com diagnóstico de hipertensão, divididos em: grupo fisioterapia aquática (GF): 12 idosos que realizam tratamento duas vezes por semana e grupo controle (GC): 12 idosos que não fazem fisioterapia. Foram coletadas variáveis como: idade, sexo, aferida a pressão arterial, aplicado o teste de marcha estacionária de dois minutos e o questionário MINICHAL para avaliar a qualidade de vida. Foi aplicado teste t não pareado para comparações. Resultados: a idade média do GF foi 67,83 ± 5,70 anos e do GC 70,91 ± 6,69 anos (p = 0,23). Houve maior prevalência do sexo feminino em ambos os grupos, GF 83% e GC 100%. O GC apresentou pressão arterial diastólica (77,5 ± 8,66 mmHg) estatisticamente maior (p = 0,04) que o GF (65 ± 18,34 mmHg). O GF apresentou capacidade funcional (65,25 ± 12,12) estatisticamente maior (p = 0,04) que o GC (53 ± 18,03). Não houve diferenças significativas nos domínios estado mental e manifestações somáticas entre os grupos para a qualidade de vida. Conclusão: os idosos hipertensos que realizam fisioterapia aquática regular apresentaram melhor capacidade funcional e não houve diferenças na qualidade de vida entre os idosos hipertensos entre os grupos.

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Publicado

2018-01-02

Como Citar

Santos, S. B. dos, Santos, M. de O., & Ferreira, L. L. (2018). Influência da fisioterapia aquática na capacidade funcional e qualidade de vida de idosos hipertensos. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 1(1), 7-13. https://doi.org/10.17058/rips.v1i1.11940

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL