A importância da espiritualidade no tratamento de pacientes oncológicos: uma revisão de literatura
DOI :
https://doi.org/10.17058/rips.v2i1.13195Mots-clés :
Câncer, Espiritualidade, Religião, Fatores de proteçãoRésumé
Introdução: diante da descoberta de um câncer, comumente, as pessoas tendem a fazer novas representações a respeito de vários temas que envolvem a sua existência, considerando, sobretudo, a possibilidade de estarem mais próximo a morte. Um dos meios que o ser humano encontra para iniciar e prosseguir o tratamento contra o câncer é através da força que encontra em sua espiritualidade. Objetivo: analisar as discussões científicas existentes sobre como a espiritualidade auxilia na adesão das pessoas com câncer ao tratamento proposto e sobre o fortalecimento emocional diante do quadro de adoecimento. Método: a seleção dos artigos foi realizada nas seguintes bases de dados: Google Scholar/Acadêmico, SciELO, PePsic, BVS Brasil. Foram usados os seguintes descritores: câncer; religião e espiritualidade; espiritualidade e câncer. A bibliográfica utilizada compreende os anos de 2001 a 2017, perfazendo um total de vinte e cinco publicações dentre artigos, dissertações e teses. Resultados: como resultados as referências trazem a espiritualidade um fator que proporciona uma ressignificação dessa experiência para o sujeito, fazendo-o encarar a doença com mais tranquilidade e esperança por meio da força que este fator propicia diante do quadro de um adoecimento repleto de tabus. Além disso, a compreensão do fator espiritualidade permite um melhor acolhimento por parte do profissional para com o paciente, já que esse passa a ter uma postura mais empática, compreendendo os suas questões. Considerações finais: a espiritualidade se torna um ponto de suma importância dentro do cenário oncológico uma vez que a mesma favorece para o desenvolvimento da resiliência em cada sujeito, promovendo qualidade de vida dentro do tratamento.
Téléchargements
Références
Brasil. Instituto Nacional de Câncer. O que é câncer. Rio de Janeiro. 2009. Disponível em: http://http://www1.inca.gov.br/ conteudo_view.asp?id=322. Acesso em: 21 dez. 2018.
Organização Mundial de Saúde. Cáncer – Nota descriptiva. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs297/es/. Acesso em: 21 dez. 2018.
Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2016. – Rio de Janeiro: INCA, 2015. Disponível em: https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-nacional-de-combate-ao-cancer/2015/estimativa-2016-incidencia-de-cancer-no-brasil. Acesso em: 21 dez. 2018.
Geronasso MCH, Coelho DA. influência da religiosidade/espiritualidade na qualidade de vida das pessoas com câncer. Saúde Meio Ambiente 2012; 1(1), jun.
Costa P, Leite RCBO. Estratégias de Enfrentamento utilizadas pelos pacientes oncológicos submetidos a cirurgias mutiladoras. Revista Brasileira de Cancerologia 2009; 55(4): 355-364.
Bergamasco RB, Angelo M. Câncer de mama: Como o diagnóstico é experienciado pela mulher. Revista brasileira de cancerologia 2001; 47(3), 277-82.
Sampaio AD, Siqueira HCH. Influência da Espiritualidade no Tratamento do Usuário Oncológico: Olhar da Enfermagem. Ensaios Cienc., Cienc. Biol. Agrar. Saúde 2016; 20(3): 153-160.
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional por amostra de domicílios, junho 2010. Rio de Janeiro.
Silva RR, Siqueira D. Espiritualidade, Religião e Trabalho no Contexto Organizacional. Psicologia em Estudo, Maringá 2009; 14(3): 557-564, jul./set.
Machado FR, Zangari W, Maraldi EO, Martins LB, Shimabucuro AH. Contribuições da psicologia para a compreensão das relações entre a espiritualidade, a religiosidade e as experiências anômalas. Clareira-Revista de Filosofia da Região Amazônica 2016; 3(2), 2-21.
Kovács MJ. Espiritualidade e psicologia – cuidados compartilhados. Mundo da Saúde. São Paulo: 2007: abr/jun 31(2):246-255.
Borges MDS, Santos MBC, Pinheiro TG. Representações sociais sobre religião e espiritualidade. Revista Brasileira de Enfermagem 2015; 68(4), 609-616.
Panzini RG, Rocha NSD, Bandeira DR, Fleck MPDA. Qualidade de vida e espiritualidade. Revista de psiquiatria clínica. São Paulo 2007; 34,(1)1: 105-115.
Espíndola JA. O significado da religiosidade para pacientes com câncer e para profissionais de saúde. 2009. 234 p. Tese (Doutorado em Ciências) – Programa de Pós Graduação em Enfermagem Psiquiatrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009.
Espíndola JA, Valle ERM, Bello AA. Religião e espiritualidade: um olhar de profissionais de saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem, nov-dez, 2010; 18(6).
Elmescany ENM, Barros MLP. Espiritualidade e Terapia Ocupacional: Reflexões em cuidados paliativos. Rev. Nufen: Phenom. Interd. | Belém 2015; 7(2), 01-24, agosto – dezembro.
Schleder LP, Parejo LS, Puggina AC, Silva MJP. Espiritualidade dos familiares de pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem 2013; 26(1).
Teixeira JJV, Lefèvre F. Significado da intervenção médica e da fé religiosa para o paciente idoso com câncer. Ciência & Saúde Coletiva 2008; 13, 1247-1256.
Angelo M. Ouvindo a voz da família: narrativas sobre sofrimento e espiritualidade. Mundo Saúde 2010; 34(4), 437-43.
Rother ET. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paulista de enfermagem, 2007; 20(2), v-vi.
Mattos K, Blomer TH, Campos ACBF, Silvério MR. Estratégias de enfrentamento do câncer adotadas por familiares de indivíduos em tratamento oncológico. Revista Psicologia e Saúde, 2016; 1(8).
Nunes, CAC. O Conceito de Enfrentamento e Sua Relevância na Prática de Psicologia. Encontro: Revista Psicologia, 2010; 13(19).
Bartolomei M. A fé como fator de resiliência no tratamento do câncer: uma análise do que pensam os profissionais da saúde sobre o papel da espiritualidade na recuperação dos pacientes. 2008. 137 p. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, São Paulo, 2008.
Hoffmann FS, Müller MC, Rubin R. A mulher com câncer de mama: apoio social e espiritualidade. Mudanças-Psicologia da Saúde, 2006, 14(2), 143-150.
Rodrigues FSS, Polidori MM. Enfrentamento e Resiliência de Pacientes em Tratamento Quimioterápico e seus Familiares. Revista Brasileira de Cancerologia, 2012; 58(4): 619-627.
Hey AP, Caveião C, Motezeli JH, Visentin A, Takano TM, Buratti, FMS. Meios de comunicação utilizados pelos pacientes: informações sobre o câncer após o diagnóstico e durante o tratamento Media used by patients: information about cancer after diagnosis and during treatment. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 2016, 8(3), 4697-4703.
Inumaru LE, Silveira ÉAD, Naves MMV. Fatores de risco e de proteção para câncer de mama: uma revisão sistemática. Cadernos de Saúde Pública, 2011; 27, 1259-1270.
Amorim MAP, Siqueira KZ. Relação entre vivência de fatores estressantes e surgimento de câncer de mama. Psicologia Argumento, 2014; 32(79).
Arrieira, ICO, Thofern MB, Porto AR, Amestoy SC, Cardoso DH. Espiritualidade e o processo de morrer: reflexões de uma equipe interdisciplinar de cuidados paliativos. Avances en Enfermería, 2016; 34(2), 137-147.
Silva DIS. Significado e práticas da espiritualidade no contexto dos cuidados paliativos em pacientes oncológicos adultos. Revista HCPA, 2011; 31(3):353-358.
Rosa BVC, Girardon-Perlini NO, Begnin D, Rosa N, Stamm B, Coppetti LC. Resiliência em famílias de pessoas portadoras de colostomia por cancer: um olhar a partir do Sistema de crenças. Cienc Cuid Saude, 2016, 15(4), 723-30.
Soratto MT, Silva DM, Zugno PI, Daniel R. Espiritualidade e resiliência em pacientes oncológicos. Saúde e Pesquisa, 2016; 9(1), 53-63.
Peres MFP, Arantes ACDLQ, Lessa PS, Caous CA. A importância da integração da espiritualidade e da religiosidade no manejo da dor e dos cuidados paliativos. Ver. Psiq. Clín, 2007; 34(1): 82-87.
Cardoso AHA. Espiritualidade e câncer em pacientes submetidos a tratamento quimioterápico. 2013. 35 p. Monografia (Graduação em Enfermagem) – Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande. 2013.
Sousa FFDPR, Freitas SMFM, Farias, AGS, Oliveira, MDCS, Araújo MFM, Veras VS. Enfrentamento religioso/espiritual em pessoas com câncer em quimioterapia: revisão integrativa da literatura. SMAD-Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas, 2017; 13(1), 45-51.
Miranda SL, Lara, MA, Felippe, WC. Espiritualidade, depressão e qualidade de vida no enfrentamento do câncer: Estudo exploratório. Psicologia: Ciência e profissão, 2015; 35(3), 870-885.
Souza VM, Frizzo HCF, Paiva MHP, Bousso RS, Santos AS. Spirituality, religion and personal beliefs of adolescents with cancer. Rev Bras Enferm. 2015; 68(5):509-14.
Santos, IDDL, Alvares RB, Lima NDM, Mattias SR, Cestari MEW, Pinto KRTDF. Câncer de mama: o apoio recebido no enfrentamento da doença. Rev. enferm. UFPE on line, 2017; 11(supl. 8), 3222-3227.
Benites AC, Neme CMB, Santos MA. Significados da espiritualidade para pacientes com câncer em cuidados paliativos. Estudos de Psicologia, 2017; 34(2), 269-279.
Rocha RCNP, Pereira ER, Sora ABDA, Silva RMCRA. O impacto da espiritualidade frente às adversidades do câncer: revisão integrativa. Nursing (São Paulo), 2016; 19(218), 1346-1350.
Lucchetti G, Granero AL, Bassi RM, Latorraca R, Nacif SAP. Espiritualidade na prática clínica: o que o clínico deve saber? Rev Bras Clin Med, 2010; 8(2):154-8.
Pinto AC, Marchesini SM, Zugno PI, Zimmermann KG, Dagostin VS, Soratto MT. A importância da espiritualidade em pacientes com câncer. Rev Saúde Com, 2015; 11 (2): 114-22.
Souza ÉN, Oliveira NAD, Luchesi BM, Gratão ACM, Orlandi FDS, Pavarini SCI. RELAÇÃO ENTRE A ESPERANÇA EA ESPIRITUALIDADE DE IDOSOS CUIDADORES. Texto & Contexto-Enfermagem, 2017; 26(3).
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.
