ASSOCIAÇÃO ENTRE CINETOSE PRÉVIA E AEROCINETOSE EM CADETES AVIADORES DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
DOI :
https://doi.org/10.17058/rips.v7i3.18907Mots-clés :
Prevalência, Piloto, Estudante de aviação, Doença do movimentoRésumé
Introdução: A aerocinetose é um distúrbio relacionado ao conflito de informações dos sistemas de orientação e equilíbrio que pode ocorrer na atividade aérea, cujos sintomas variam desde sonolência, náuseas, vômitos até prostração severa. Objetivo: Avaliar a associação da cinetose em veículos de transporte e parque de diversões e a ocorrência de aerocinetose nas aeronaves T25-Universal e T27-Tucano em cadetes aviadores da Força Aérea Brasileira. Método: Foram coletados dados de 170 cadetes voluntários, com idades entre 18 e 25 anos, por meio de questionário adaptado no Motion Sickness Susceptibility Questionnaire-Short form (MSSQ-short) contendo 11 perguntas fechadas. Resultados: Verificou-se associação entre cinetose prévia em brinquedo em parques de diversões e em brinquedo gira-gira e aerocinetose na aeronave T25-Universal. Indivíduos que tiveram cinetose em brinquedos de parques de diversões têm 2,1x maior probabilidade de apresentarem aerocinetose no T25-Universal quando comparado a quem não apresentou cinetose, assim como indivíduos que apresentaram cinetose em brinquedo gira-gira tem 1,8x maior probabilidade de ter aerocinetose no T25-Universal quando comparado àqueles que não apresentaram cinetose na infância. Não houve associação entre experiências em parques e veículos de transporte e aerocinetose na aeronave T27-Tucano. Conclusão: Foram identificadas associações entre a cinetose prévia e a aerocinetose com a aeronave de instrução básica (T25-Universal). O conhecimento da cinetose prévia pode contribuir para a triagem de cadetes possivelmente suscetíveis à aerocinetose, com impactos significativos na aprendizagem, segurança do voo e na saúde dos pilotos.
Téléchargements
Références
Davis JR, Johnson R, Stepanek J, Fogarty JA. Fundamentals of aerospace medicine: Fourth edition. Philadelphia: LWW, 2008.
Samuel O, Tal D. Airsickness: Etiology, Treatment, and Clinical Importance - A Review. Military Medicine 2015;180(11):1135-1139. doi: http://dx.doi.org/10.7205/MILMED-D-14-00315.
Reason JT, Brand JJ. Motion sickness. London: Academic Press; 1975.
Abadi HTB, Abadi ATB, Farahani AA, Darvishi M. Intractable airsickness associated with COVID-19: A case report. Vacunas (English Edition) 2021;22(1):52–55. doi: https://doi.org/10.1016/j.vacune.2021.01.006.
Temporal, W.F. (Org.). Medicina aeroespacial. Rio de Janeiro: Luzes, 2005.
Dorigueto RS, Kasse CA, Silva RC. Cinetose. Revista Equilíbrio Corporal e Saúde 2012;4(1):51-58.
Murdin L, Golding J, Bronstein A. Managing motion sickness. British Medical Journal (Online) 2011;343(7835):1–7. doi: https://doi.org/10.1136/bmj.d7430.
Lucertini M. Lugli V, Casagrande M, Trivelloni P. Effects of airsickness in male and female student pilots: Adaptation rates and 4-year outcomes. Aviation Space and Environmental Medicine 2008;79(7), 677–684. doi: https://doi.org/10.3357/ASEM.2146.2008.
Bezerra TAR, Neto LA, Campos FAD. A influência da aerocinetose na aprendizagem e instrução aérea de cadetes aviadores da Força Aérea Brasileira. Aviation in Focus. Journal of Aeronautical Sciences 2014;5(2): 78-84.doi: http://dx.doi.org/10.15448/2179-703X.2014.2.19596.
Brainard, A. Motion Sickness Clinical Presentation https://emedicine.medscape.com/article/2060606-clinical, out 2018
Voltolini, MMFD. Avaliação da aerocinetose em cadetes da aeronáutica brasileira. Revista da UNIFA 2013;26(33):6-14.
CNPAA, Comitê nacional de prevenção de acidentes aeronáuticos. Manual do instrutor de voo. 2016.
Golding JF. Predicting individual differences in motion sickness susceptibility by questionnaire. Personality and Individual Differences 2006;41(2):237-248. doi: https://doi.org/10.1016/j.paid.2006.01.012.
Ugur E, Konukseven BO, Topdag M, Cakmakci ME, Topdag DO. Expansion to the Motion Sickness Susceptibility Questionnaire-Short Form: A Cross-Sectional Study. Journal of Audiology & Otology 2022;26(2):76. doi: http://dx.doi.org/10.7874/jao.2021.00577.
Mittelstaedt JM. Individual predictors of the susceptibility for motion-related sickness: a systematic review. Journal of Vestibular Research 2020;30(3):165-193. doi: http://dx.doi.org/10.3233/VES-200702.
Rahimzadeh G, Tay A, Travica N, Lacy K, Mohamed S, Nahavandi D, Plawiak P, Qazani, MC, Asadi H. Nutritional and Behavioral Countermeasures as Medication Approaches to Relieve Motion Sickness: A Comprehensive Review Nutrients 2023;15(6):1320. doi: https://doi.org/10.3390/nu15061320.
Cha, Y. H., Golding, J. F., Keshavarz, B., Furman, J., Kim, J. S., Lopez-Escamez, J. A., ... & Lawson, B. D. Motion sickness diagnostic criteria: consensus document of the classification, committee of the Bárány Society, Journal of Vestibular Research 2021;31:327–344. doi: https://doi.org/10.3233/VES-200005.
Reason, J. T., & Brand, J. J. (1975). Motion sickness. New York, NY: Academic Press.
Turner A, Markey M, Le P, Reiter A, Cox C, Simmons S, Rao MB, Altman L, Davis K, Huber D, Dufour JS, Marras W, Bhattacharya A. Disorientation effects, circulating small ribonucleic acid, and genetic susceptibility on static postural stability. Heliyon 2023;9(3):1-12. doi: https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2023.e14413.
Lucertini M, Verde P, Trivelloni P. Rehabilitation from airsickness in military pilots: Long-term treatment effectiveness. Aviation Space and Environmental Medicine 2013;84(11):1196–1200. doi: https://doi.org/10.3357/ASEM.3509.2013.
Bronstein AM, Golding JF, Gresty MA. Vertigo and dizziness from environmental motion: visual vertigo, motion sickness, and drivers' disorientation. Semin Neurol 2013;33(3):219-230. doi: https://doi.org/10.1055/s-0033-1354602.
Li C, Xu J, Yin D, Zhang Y, Shan D, Jiang X, Shang L. Prevalence and trigger factors of functional gastrointestinal disorders among male civil pilots in China. Scientific Reports 2021;11(1): 1-13. doi: https://doi.org/10.1038/s41598-021-81825-0.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.
