A interlocução na clínica fonoaudiológica: (res)significando vivências em práticas de leitura e escrita
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v37i63.2666Resumo
Apresentamos neste artigo parte de uma pesquisa na qual elaboramos uma proposta terapêutica, ancorada na teoria de gêneros do discurso de Bakhtin (2003), com o objetivo de analisar a contribuição dessa teoria para a fonoaudiologia. Para tanto, desenvolvemos um atendimento terapêutico com um grupo de cinco sujeitos que apresentavam queixas de dificuldades de leitura e escrita. Partimos, para a efetivação do procedimento, de uma proposta de escrita de uma peça de teatro, baseada na adaptação de um romance lido em terapia, publicação da peça em site e encenação. Por questões de espaço, apresentamos aqui parte da interação com um dos sujeitos do grupo, o sujeito ED, em processo de escrita da peça teatral. Os dados foram analisados à luz do dialogismo. Os resultados sugerem que a proposta foi efetiva, pois ED, e os demais sujeitos do grupo, foram inseridos em práticas sociais de linguagem escrita e com isso desenvolveram competências linguístico-discursivas necessárias à interação nessas práticas. Concluímos que a proposta terapêutica com os gêneros do discurso é viável, uma vez que motiva a interlocução, responsável pelo comprometimento dos sujeitos com as atividades de leitura e escrita, promovendo-se, dessa forma, avanços em suas possibilidades como leitores e produtores de textos.Downloads
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