A manifestação do mítico em “O Continente I”: da construção da narrativa à caracterização das personagens
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v40i68.4965Palavras-chave:
Literatura. Mitologia. Simbologia. Narrativa. Personagem.Resumo
Erico Verissimo definiu-se como um contador de histórias, sendo um dos escritores mais populares do século XX. Narrou, em O Continente I, a saga sul-rio-grandense, não por que gostasse do regionalismo literário, mas por buscar desvendar a presença de uma vida interior naqueles habitantes da campanha. O autor chegou a acreditar que aqueles homens rudes eram desprovidos de qualquer complexidade psicológica, e que, ao recriar duzentos anos de história, transformaria esses homens em personagens heróicas. Com base na forma com que Erico Verissimo escreve e representa a saga O Tempo e o Vento, este artigo tem como ponto de pesquisa o eixo temático que vai balizar as características dos homens e seus comportamentos dentro da narrativa, conduzindo o estudo de O Continente I, de sua construção, e de seus principais personagens, à luz da mitologia. A análise tem como fundamentação a forma utilizada por Erico Verissimo à construção da saga e o papel das personagens, mesclando história e ficção. Assim, como matéria literária, seu caráter mítico oferece um leque de possibilidade de análise, especialmente, a imbricação entre história e literatura. Tal análise tem como principais objetivos identificar a existência de relação entre a mitologia regional e universal no romance de Erico Veríssimo, identificando os momentos em que a narrativa histórica e mitológica estabelecem um caráter dialógico, dessa forma, conduzindo a observação de possíveis traços e objetos que façam a referência dos principais personagens de O Continente I com o universo mítico. A compreensão do mito na sociedade não é apenas tornar real uma etapa na história do pensamento humano, mas compreender a que contemporaneidade eles estão ligados, e identificar em que momento as manifestações, consideradas por alguns como exageros, devem ser reconhecidas como fenômenos humanos, pois somente quando se considera essas condutas sob a perspectiva histórico-religiosa é que essas formas poderão se revelar como fenômenos de cultura.Downloads
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