Por uma teoria da expectativa

Autores

  • Luiz Carlos Cagliari Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP

DOI:

https://doi.org/10.17058/signo.v39i67.4970

Palavras-chave:

Semântica Cognitiva. Expectativa. Subentendidos.Mente.

Resumo

A finalidade deste artigo é mostrar uma investigação semântica cognitiva sobre a ideia de expectativa, definida como um construto mental que organiza o pensamento e serve de motivação específica para a comunicação. A expectativa pode ser gerada na mente do falante e do ouvinte. Pode ser verbalizada ou não. Com relação a seu conteúdo, nem sempre se realiza, podendo trazer frustrações no processo comunicativo. Este estudo da expectativa sugere que é útil constituir uma teoria para explicar aspectos que outras abordagens deixam de lado. A metodologia usada privilegiou o levantamento de dados relacionados com o fenômeno estudado e os procedimentos explicativos dentro de uma abordagem cognitiva. Os enunciados são diretamente dependentes de como a mente funciona. Assim, ao estudar a fala, podemos ter acesso à mente das pessoas. A ideia de expectativa pode ser interpretada sob diferentes rótulos da semântica tradicional. Porém, há peculiaridades que só podem ser explicadas através de uma abordagem cognitiva da linguagem. Encontramos palavras e expressões nas línguas que revelam a presença de uma expectativa, como "eu acho que...", "houve uma expectativa a respeito de..." Espera-se que toda resposta leve em conta alguma expectativa. Esta investigação trouxe evidências de que a expectativa mental é essencial ao ato de comunicação. Portanto, o estudo da expectativa nas línguas e na mente das pessoas é importante para as pesquisas em semântica cognitiva.

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Biografia do Autor

Luiz Carlos Cagliari, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP

Departamento de Linguística Professor de Semântica, de História da Linguística, de Fonética, de Fonologia.

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Publicado

2014-07-02

Como Citar

Cagliari, L. C. (2014). Por uma teoria da expectativa. Signo, 39(67), 118-126. https://doi.org/10.17058/signo.v39i67.4970

Edição

Seção

Estudos em Cognição e Linguagem