Intertextualidade e discurso no teatro de Dea Loher
DOI:
https://doi.org/10.17058/signo.v41i72.7016Palavras-chave:
Intertextualidade. Dea Loher. Teatro político. Teatro contemporâneo. Memória.Resumo
O discurso é composto por várias vozes, premissa anunciada desde os estudos de Bakhtin. Os avanços no campo da intertextualidade permitiram uma especificação maior do termo, abrindo espaço para discussão das várias ocorrências do intertexto na literatura. Na obra da dramaturga contemporânea alemã, Dea Loher, há a recorrência do trabalho com o intertexto, sendo que o presente artigo almeja investigar essas manifestações em duas de suas peças, Olgas Raum e Licht. Loher faz uso de citações, referências e alusões, recortando trechos de outros textos e acoplando-os à sua escrita. Esse jogo de recortar e colar é visível também na estética da dramaturga, que recorre a elementos presentes em outras estéticas teatrais e os adapta em sua obra, dando origem a um estilo original. Representante da vertente política no teatro, Loher proporciona ao leitor a possiblidade de reflexão e, nas duas peças em questão, ela o faz através da desconstrução do discurso canônico, mostrando como os discursos são fabricados e como estão ligados à manutenção do poder. Dessa maneira, o intertexto, a estética híbrida e outros recursos estéticos e linguísticos são orquestrados para abrigar essa temática política que chega até o leitor como questionamentos e indagações.Downloads
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