IDENTIFICAÇÃO DE AMEBAS DE VIDA LIVRE M AR CONDICIONADO DE UMA UTI PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL ESCOLA DO INTERIOR DO RS.

Helena Beatriz Jacobs, Paulo Roberto Alves, Danielly Joani Bullé, Jane Dagmar Pollo Renner

Resumo


Amebas de Vidra Livre (AVL) representam agentes que podem ser potenciais para infecções em humanos e podem ser encontrados nos mais variados habitats, como poeira, ar atmosférico, água, rios e lagos. As Amebas de Vida Livre podem permanecer viáveis por vários anos em todos os tipos de ambientes, inclusive hospitalares, sendo capazes de ocasionar vários tipos de infecções, esperando apenas o momento oportuno para realizarem a lise e proliferação. Considerando que estas espécies são potencialmente patogênicas para o homem, estas podem causar algumas doenças, como meningoencefalites, ulcerações de pele e infecções da córnea. O objetivo desse trabalho foi identificar a presença de amebas de vida livre em amostras de poeira de ar condicionado da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul/RS e classificar sugestivamente essas amostras quanto ao seu gênero e seu potencial patogênico. Foram coletadas 74 amostras de poeira de ar condicionado obtidas entre dezembro de 2015 a março de 2016. O local de coleta foi a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. As amostras foram semeadas em ágar não nutriente com Escherichia coli inativadas pelo calor e incubadas por 10 dias com verificação diária de crescimento amebiano e observação em microscópio, e então foi realizado o repique e clonagem das amebas. As amebas isoladas foram identificadas sugestivamente seguindo os critérios morfológicos, sugeridos por PAGE (1988). Testes de termo e osmotolerância foram realizados para identificar o potencial patogênico das amebas de vida livre isoladas das amostras. Testes de termotolerância apresentaram 60% de positividade para o crescimento em 37ºC e 22% a temperatura de 42ºC. Destas amostras, 18% são consideradas altamente patogênicas, pois apresentaram crescimento em ambas as temperaturas. Testes de osmotolerância foram realizados nas amostras coletadas para verificar o potencial patogênico das amebas de vida livre presentes em cada amostra, com crescimento de 44% na concentração de 0,5M de manitol. A positividade para a presença de amebas de vida livre nas amostras coletadas foi de 67,56%. O gênero Acanthamoeba foi sugestivamente o predominante em todas as amostras, de acordo com observação morfológica baseada nos critérios de PAGE. Nenhuma amostra apresentou características pertencentes ao gênero Naegleria. Foi possível identificar sugestivamente o gênero das amebas da UTI Pediátrica, bem como classificá-las segundo seu potencial patogênico.                                      


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