ESTUDO LONGITUDINAL SOBRE AS CONDIÇÕES DE VIDA E CUIDADOS DE SAÚDE EM IDOSOS
Resumo
O envelhecimento populacional gera inúmeras transformações na estrutura e organização da sociedade, o que acarreta em uma maior demanda aos serviços de saúde. Entende-se que o processo de envelhecimento começa a partir do nascimento do sujeito e o acompanha até o momento de sua morte, gerando mudanças físicas e mentais. Assim, nesta fase, algumas perdas funcionais são comuns, o que exige atenção em relação aos cuidados de saúde para com os idosos que podem apresentar um número alto de hospitalizações e de reinternações. (FIALHO et al., 2014). Neste contexto, a assistência hospitalar se torna fundamental nesta faixa etária. A família também é importante, pois em alguns casos se faz necessário um cuidador do idoso, o qual assume o papel de cuidador informal. Outra medida adotada nesses casos é a institucionalização. O idoso sofre muito ao perceber o aumento progressivo de suas dificuldades e, mesmo recebendo o apoio da família e dos serviços de saúde, se faz necessária uma atuação visando à prevenção e promoção de saúde. Assim, emerge a inclusão dos idosos em atividades de lazer e participação social, como grupos para terceira idade. Esses espaços produzem maior qualidade de vida e auxiliam na manutenção da independência e autonomia desses indivíduos. (SILVEIRA et al, 2013). Visando a promoção do envelhecimento saudável, a Universidade de Santa Cruz do Sul desenvolve ações interdisciplinares com recursos para o atendimento efetivo desses idosos. Atualmente, o Programa Terceira Idade na UNISC possibilita aos idosos um espaço de trocas e aprendizagens, promovendo um envelhecimento com qualidade de vida. O presente estudo corresponde a um recorte do projeto intitulado “Programa Terceira Idade na UNISC: Avaliando o processo de envelhecimento” e tem por objetivo identificar o estado de saúde destes idosos passados 10 anos de um estudo anterior intitulado “Estudo Multidimensional das Condições de Vida do Idoso que frequenta os serviços da UNISC campus Santa Cruz do Sul”, realizado em 2004-2005. O banco de dados contava com 217 idosos, porém conseguiu-se contato com 112 idosos ou seus familiares. Entretanto, cinco não aceitaram participar do estudo, totalizando uma amostra de 107 sujeitos que responderam ao questionário. Os resultados apontaram que 10 idosos possuem algum cuidador, mesmo que só para companhia diária e em sua maioria, os cuidadores são pessoas da família. Pouco mais da metade dos entrevistados (55,6%) passou por internação hospitalar nos últimos 10 anos. Contudo, grande parte destes, internaram uma (44%) ou duas (34%) vezes, o que demonstra um indicador positivo, uma vez que lidamos com pessoas mais idosas. Observou-se que um número considerável mantém sua autonomia e uma vida ativa, apesar das morbidades e da necessidade de medicamentos de uso contínuo. Portanto, concluiu-se que é fundamental o desenvolvimento de espaços e serviços que atendam as demandas da população que envelhece, sendo necessárias ações preventivas, visando proporcionar qualidade de vida aos idosos.
Palavras-chave
Envelhecimento;Saúde; Hospitalização;Cuidador;Autonomia; Independência.
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