UM OLHAR SOBRE O AUTISMO E SUAS PARTICULARIDADES
Resumo
O presente trabalho tem como propósito apresentar um estudo sobre Autismo desenvolvido na disciplina de Clínica Psicológica III – Cognitivismo I do curso de Psicologia do Centro Universitário Univates. Este estudo caracterizou-se por ser de abordagem qualitativa, onde os dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada e analisados mediante a técnica de análise textual discursiva (MORAES; GALIAZZI, 2011). Objetivou-se contextualizar o conceito do Autismo a partir de diversos estudiosos, como a autora brasileira Cleonice Bosa além de procurar entender de que forma o transtorno impacta na vida das pessoas. Cleonice (2002) descreve que o autismo caracteriza-se por déficits na comunicação e na interação social, dificuldade de estabelecer uma conversa, conectar-se emocionalmente ou interagir com o social, há déficits também na comunicação não verbal, em compreender relacionamentos. Além disso, a autora aborda ainda questões de linguagem, quando ressalta que o autista tende a desenvolver atrasos na aquisição na fala, podendo expressar-se em forma de ecolalia imediata (repetição logo após a fala) e ecolalia diferida (repetição posterior, algum tempo depois) (BOSA, 2002). Diante disto, realizamos uma entrevista com uma Terapêuta Ocupacional que atualmente atua na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e também em consultório particular. A TO é mestranda e estuda sobre Reabilitação e Inclusão, pois sua maior demanda nos atendimentos são questões cognitivas e de reabilitação sensorial. Apartir de uma conversa foram esclarecidas diversas questões sobre o autismo, entre elas como se dá sua prática com pacientes autistas e os métodos que utiliza. Ela deixa explícito que cada caso é singular, no sentido de não possuir uma técnica específica para um tratamento de autismo. Cada paciente reage de uma determinada maneira a um diferente estímulo. Apesar de complexo, a busca pela compreensão do transtorno felizmente está em ascensão, constatou-se que intervenções precoces têm grande influência para a melhora na qualidade de vida de pessoas autistas, sendo que essas podem desenvolver diversas habilidades e conseguem ter maior convívio social. Outro ponto importante é o compartilhamento de informações para a sociedade em relação aos sujeitos que possuem o transtorno. Relações sócio-afetivas, com a família, na escola, em grupos, são fundamentais no desenvolvimento dessas pessoas, facilitando o convívio dentro da sociedade e construindo o autoconceito. O estudo sobre o conceito do autismo na área cognitiva não tem como objetivo fechar o olhar sobre o transtorno mas possibilita conhecer mais sobre questões pontuais e ampliar essa visão para melhores práticas e intervenções futuras.
Palavras-chave
Autismo;Contextualização; Cognitivismo
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