O IMPACTO DA PANDEMIA NA VIDA DOS PARTICIPANTES DAS OFICINA DE SAÚDE NA HIDROTERAPIA

Louise Duarte Leite, Patrícia Oliveira Roveda

Resumo


Introdução: No início de 2020, nos deparamos com um cenário não muito habitual e desconhecido, o surgimento da COVID-19, ocorrido devido a um ?surto? no final de 2019, na cidade de Wuhan, na China. Esse vírus foi encontrado apenas em 1937 e 1965. No entanto, em 2019-2020, houve a mutação desse vírus, ocasionando mudança na vida da população e altos índices de mortalidade. A Organização Mundial da Saúde declarou estado de pandemia no dia 11 de março de 2020 e vem buscando medidas de prevenção e enfrentamento da doença. As Instituições de Ensino Superior também precisaram mudar a rotina, adotando protocolos de biossegurança, incluindo o isolamento social e o fechamento de alguns locais/serviços de saúde. Alguns ambientes foram considerados de maior risco de contaminação pelo vírus, como foi o caso do setor de hidroterapia do Bloco 34 e das piscinas no Bloco 42, da Universidade de Santa Cruz do Sul / UNISC. O projeto de extensão ?Oficina de Saúde na Hidroterapia?, em atividade há 12 anos, precisou cancelar suas atividades e, com isso, todos os participantes ficaram sem os benefícios físicos, fisiológicos, cinesiológicos e de bem-estar advindos da imersão em piscina aquecida e dos programas de exercícios realizados. Objetivo: Verificar o impacto do cancelamento das sessões de hidroterapia, imposto pela COVID-19, na vida dos participantes de um projeto de extensão. Metodologia: A pesquisa foi feita a partir da coleta, via WhatsApp entre 11 e 14 de setembro de 2020, a respeito da percepção dos participantes do Projeto ?Oficina de Saúde na Hidroterapia?, através de um questionário composto por cinco perguntas objetivas: a faixa etária; se o indivíduo realizava atividades físicas além da sessão de hidroterapia na Unisc, antes da pandemia (se a resposta desta questão fosse sim, respondia, se com a pandemia, continuou esta prática); como a pessoa se sentiu com o cancelamento das atividades de hidroterapia (questão com múltiplas respostas); e se considerava a hidroterapia essencial na sua vida. Os dados foram organizados por questão e realizado o cálculo em porcentagem simples. Resultados: O questionário foi enviado para 40 pessoas, destas, 35 responderam, sendo apenas dois do sexo masculino. A faixa etária variou entre 35 e 92 anos, com predominância entre o grupo de 50 a 65 anos (65,71%). Quanto à prática de exercícios, além da hidroterapia, 65,71% dos participantes informaram que praticam (Pilates, caminhada), 34,28% informaram que fazem apenas a sessão de hidroterapia. Apenas 11,42% seguiram com atividade física durante a pandemia. Na quarta questão, o item ?sinto falta das pessoas ao meu redor? foi o mais marcado pelos pacientes (77,14%), seguido de: as dores voltaram (71,42%), sinto-me com dificuldade de me movimentar (54,28%) e sinto-me mais cansada ao longo do dia (48,58%). Ainda, quando questionados se a hidroterapia é fundamental para eles, 30 participantes (85,71%) afirmaram que sim. Conclusão: Diante dos resultados, concluímos que a pandemia da COVID-19 tem causado um impacto bastante negativo na vida dos participantes do projeto de extensão Oficinas de Saúde na Hidroterapia, tanto na dimensão física quanto na dimensão psicossocial e de socialização. Estes aspectos são muito trabalhados durante as sessões aquáticas coletivas. O isolamento social e a falta de exercícios físicos têm repercutido na redução da qualidade de saúde e de vida das pessoas.

 


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ISSN 2764-2135