ORGANIZAÇÃO DE COLEÇÕES DIDÁTICAS DE EXSICATAS E DE SEMENTES DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS DO RS COMO APOIO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS.

Lucio Eugenio Bueno Dias, Pedro Schmitt, Antônio Agnaldo Rodrigues de Morais, Edna dos Santos Malaquias, Amauri Canton Rissini, Rozenir Veise da Paixão, Daniela Mueller de Lara, Marta Martins Barbosa Prestes

Resumo


Nas últimas décadas, a ação antrópica tem provocado impactos ambientais significativos sobre os ecossistemas. Um dos principais problemas é o desmatamento que fragmenta os habitats, prejudicando a conservação da biodiversidade. A perda da vegetação altera a continuidade das relações ecológicas e aumenta o risco de extinção de espécies da fauna e da flora. Com relação às espécies arbóreas nativas, existe um desconhecimento quanto ao papel dessas sobre as interações ecológicas, por parte das novas gerações. Dessa forma, a pesquisa e a extensão sobre o tema se tornam ferramentas importantes na conservação da biodiversidade e na promoção da educação ambiental. O objetivo do trabalho foi organizar coleções didáticas de exsicatas e de sementes de espécies arbóreas nativas presentes na região Alto da Serra do Botucaraí, bem como materiais didáticos em forma de jogos diversos, visando a promoção da educação ambiental e a preservação da biodiversidade junto a rede de educação básica. A metodologia seguiu as seguintes etapas 1) coleta de ramos e sementes de espécies arbóreas nativas em formações florestais naturais na região; 2) herborização dos ramos coletados e confecção das exsicatas; 3) acondicionamento das sementes; 4) organização e catalogação do material em planilhas; 5) produção de jogos relacionados ao tema; 6) atividades de Educação Ambiental: exposição das coleções de plantas e de sementes nas Escolas; roda de conversa sobre as árvores nativas; plantio de mudas. Os resultados parciais obtidos até o momento possibilitaram localizar e identificar as famílias botânicas Anacardiaceae, Asteraceae, Celastraceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Malvaceae, Myrtaceae, Rhamnaceae, Rosaceae, Rubiaceae, Sapindaceae, e coletar ramos e sementes das espécies Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl. (chal-chal, vacunzeiro), Calliandra tweediei Benth. (topete-de-cardeal), Calyptranthes pileata D. Legrand (nome comum não encontrado), Dasyphyllum brasiliensi ( Spreng.) Cabrera (sucará), Lithraea brasiliensis Marchand (aroeira-brava), Lueha divarivata Mart. & Zucc (açoita-cavalo), Maytenus aquifolia Mart. (espinheira-santa), Maytenus evonymoides Reissek ( nome comum não encontrado), Maytenus muelleri Schwacke (espinheira-santa), Myrrhinium atropurpureum Schott (pau-ferro), Prunus myrtifolia (L.) Urb. (pessegueiro-bravo), Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan (angico-vermelho), Randia ferox (Cham. & Schltd.) DC. (limoeiro-do-mato), Scutia buxifolia Reissek (coronilha) e Sebastiana commersoniana (Baill.) L. B. Sm. &Downs (branquilho). Foi, também, produzido um vídeo sobre a confecção de material lúdico em forma de lupa, para estimular as crianças a observarem a morfologia das folhas e flores, assim como um jogo de memória criando relações entre as imagens de folhas e as respectivas espécies. Acredita-se que os materiais produzidos contribuirão para o desenvolvimento de uma consciência ambiental, para a preservação dos recursos naturais, em estudantes da educação básica da região, assim como o reconhecimento sobre a importância das espécies arbóreas nativas para os ecossistemas e a necessidade de preservá-las.

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ISSN 2764-2135