A CORRELAÇÃO ENTRE O FLUXO SALIVAR EM IDOSOS E LESÕES BUCAIS

Heloisa Souza Pinto, Amanda Olga Muller, Wesley Misael Krabbe, Cristian Raul Froemming, Karoline Kniphoff dos Santos, Isabella de Miranda Brandalise, Michele Altermann Platen, Leo Kraether Neto

Resumo


Introdução: A saliva é de grande importância para a proteção dos tecidos orais, tendo um papel ativo na manutenção e proteção da saúde bucal. A diminuição do fluxo salivar e relato de xerostomia em idosos são frequentes, onde o diagnóstico pode ser obtido através de métodos subjetivos e objetivos.  Objetivo: Analisar a correlação entre a diminuição do fluxo salivar e xerostomia em idosos e seus sinais e sintomas na cavidade oral.  Metodologia: Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizados 15 artigos científicos nos idiomas português, inglês e espanhol, procurados na base de dados (Pubmed, Scielo e Google Acadêmico), dando prioridade para os que foram publicados a partir de 2015, porém não foram descartados artigos mais antigos, quando importantes. Resultados: A hipossalivação em idosos pode levar a alterações nas estruturas da cavidade oral, pela diminuição do fluxo salivar e pela mudança da estrutura da secreção, levando a uma deficiência em suas funções de lubrificação e proteção da mucosa oral, manutenção da integridade dos dentes, ação tampão e de limpeza, atividade antibacteriana e ação no paladar e digestão.  Os principais sinais relatados foram: perda de brilho da mucosa oral, língua fissurada e despapilada, queilite angular, candidíase, doenças periodontais, cárie, halitose, lesões traumáticas decorrente de prótese desadaptada e tumores benignos de glândulas salivares. Também são frequentes sintomas como dor e ardência na língua, dor nas glândulas salivares, alterações no paladar, sede excessiva e dificuldade em mastigar e deglutir alimentos secos. A hipossalivação é um achado mais frequente em mulheres na terceira idade, decorrente de causas patológicas, efeitos colaterais do uso de polifarmácias. A radioterapia da cabeça e pescoço pode causar lesões temporárias ou permanentes às glândulas salivares, levando a distúrbios orais e faríngeos, afetando a qualidade de vida.  Atualmente, a maioria dos autores concordam que o processo de envelhecimento isolado não altera o fluxo salivar. Conclusão: O aumento da longevidade torna as doenças sistêmicas e o uso de medicações com efeitos colaterais diretos ou indiretos nas glândulas salivares muito frequente em idosos, levando a hipossalivação e suas consequências; um achado comum nessa faixa etária.  O cirurgião-dentista deve entender a etiologia do problema para um tratamento com melhores resultados, devendo ser analisada a alteração do fluxo salivar para buscar a correção das consequências e alívio sintomático.

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ISSN 2764-2135