AUMENTO DE COROA CLÍNICA PREVIAMENTE AO TRATAMENTO RESTAURADOR? ESTUDO DE CASOS
Resumo
Introdução: Os procedimentos cirúrgicos para ACC (Aumento de Coroa Clínica) compreendem a excisão de tecidos moles através de gengivectomias e gengivoplastias, quando não há invasão do espaço biológico, e de remoção de tecido ósseo através de osteotomias e osteoplastias, quando existe invasão do espaço biológico, sendo esse de grande importância quando se almeja o sucesso em um futuro tratamento restaurador. Objetivo: relatar diferentes casos que tiveram indicação de realização de um aumento de coroa clínica previamente ao tratamento restaurador, possibilitando a realização desse tratamento posteriormente de uma forma adequada, descrevendo as técnicas e materiais utilizados em cada caso. Metodologia Caso 1: Sexo masculino, 30 anos de idade, apresentava extensa perda de estrutura dentária do elemento 46, havendo a necessidade de um tratamento restaurador. Previamente foi constatado a necessidade de realização de um ACC, facilitando a realização da restauração e promovendo a saúde gengival. Foi feita a incisão e remoção de um retalho gengival na região lingual do elemento, evitando a dilaceração das papilas interdentais. A sutura foi realizada e, por conseguinte, inserido cimento cirúrgico sobre o corte. Caso 2: Sexo feminino, 52 anos de idade, em consultas de rotina foi constatada a presença de uma cárie aquém a uma restauração, onde foi feita a remoção do tecido cariado, selando esse dente temporariamente. Foi realizado um ACC na região interdental (distal do primeiro pré-molar inferior esquerdo) envolvendo a remoção das papilas interdentais na região vestibular e lingual, com posterior desgaste ósseo, utilizando uma lima de desgaste, reduzindo o volume ósseo da região e nivelando-o para futuro fechamento da região com o tecido mole, através de uma sutura na região interdental, utilizando cimento cirúrgico vedando essa região. Caso 3: Sexo feminino, 45 anos de idade, procurou o curso para realizar troca de restauração no dente 47, que estava com infiltração marginal. Foi constatado que a restauração havia agredido o espaço biológico e para a troca da restauração seria necessário realizar ACC. Previamente, removeu-se a restauração que estava insatisfatória, realizando, em seguida, a técnica associada a uma cunha distal, e removeu-se a gengiva em forma de cunha com a base na distal do dente 47. Realizou-se desgaste ósseo com broca 1012 e, após, foi utilizado uma lima de desgaste ósseo na região operada, irrigado frequentemente com soro fisiológico e realizado a sutura. O dente foi restaurado provisoriamente com coltosol. Uma semana após, foi removido a sutura e a região operada se encontrava cicatrizada. Principais resultados: Em ambos os casos foram constatados a necessidade de realização de ACC previamente ao tratamento restaurador, dos quais desses, dois casos se fizeram necessário realização de um desgaste ósseo na região, restabelecendo o espaço biológico para posterior restauração e saúde gengival. A cicatrização foi positiva sem complicações pós-operatórias presentes. Conclusões: Importante salientar que existem cuidados a serem seguidos no pré-operatório, trans e pós-operatório, resultando no sucesso clínico. O profissional deve aguardar um período de cicatrização tecidual antes da realização do procedimento restaurador, para completo restabelecimento da saúde gengival.
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ISSN 2764-2135