VIVÊNCIA ACADÊMICA FRENTE A RETOMADA DO ESTÁGIO EM FISIOTERAPIA NA SAÚDE COLETIVA EM MEIO A PANDEMIA DO COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Carolina Sofia Kist, Éboni Marília Reuter, Camila Dubow

Resumo


A atenção primária à saúde é um dos campos de atuação para o fisioterapeuta, caracterizado por ações individuais e coletivas, que envolvem a promoção, prevenção e a reabilitação da saúde da população. Devido aos acontecimentos mundiais referentes a pandemia do COVID-19, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional estabeleceu a permissão para o atendimento não presencial na modalidade tele consulta e tele monitoramento, registrado na resolução N° 516 de 20 de março de 2020. Com isso, houve a possibilidade e a necessidade de adaptação das atividades referentes ao Estágio em Saúde Coletiva do Curso de Fisioterapia, referente aos atendimentos realizados na atenção primária à saúde. Assim, relatar a experiência de adaptação de atendimento fisioterapêutico para a chamada virtual, o tele monitoramento de forma síncrona, como atividade do estágio curricular. Relato de experiência, realizado a partir da vivencia da retomada das atividades do Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva I, do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul, no período de junho a agosto de 2020, no período de pandemia da COVID-19. Elaborou-se um plano de ação referente as possibilidades de acompanhamento a cada paciente em atendimento fisioterapêutico durante o período de pandemia, considerando suas limitações e benefícios. Assim estabelecido, houve a possibilidade de utilizar o meio virtual para o atendimento para aqueles pacientes que tivessem realizado a avaliação fisioterapêutica previamente de forma presencial e a disponibilidade de dispositivos eletrônicos necessários. A acadêmica utilizou a plataforma Google Meet para a realização da chamada virtual, com uso de notebook, sendo o contato por e-mail institucional da acadêmica ao e-mail pessoal do paciente. Para execução dos exercícios, utilizou-se itens disponíveis na residência do paciente, como cadeira com apoio, vassoura e garrafa de água. Foi realizado contato com o paciente, sendo questionado sobre o interesse em realizar os tele atendimentos. Com o aceite, foram realizados os agendamentos, duas vezes na semana, totalizando 4 atendimentos, durante uma hora cada, acadêmica em sala de aula e o paciente em sua própria casa. As sessões eram compostas por aferição dos sinais vitais, incluindo a Escala de Dor Analógica e a pressão arterial sistêmica feita pelo próprio paciente com aparelho digital. Na sequência, alongamentos de forma global em membros superiores e região cervical, exercícios para mobilidade de ombro e fortalecimento da mesma região com auxílio de uma vassoura ou garrafa de água, retornado novamente aos mesmos alongamentos para desaceleração, e por fim, reavaliação dos sinais vitais. Encontramos uma expressiva aceitação do paciente em realizar os atendimentos por chamada virtual, bem como seu interesse em participar das atividades propostas. Com o desenrolar dos atendimentos, o nível de dor do paciente diminuiu passando de intenso para leve, mantendo-se durante os atendimentos seguintes. O tele monitoramento é uma ferramenta que atende para o acompanhamento fisioterapêutico de forma efetiva dentro do cenário atual. Foi fundamental a avaliação presencial, bem como essa modalidade se mantém de preferência quando possível, uma vez que a orientação da execução dos exercícios é facilitada quando o fisioterapeuta e o paciente estão ao vivo.


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ISSN 2764-2135