EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE ELETROTERAPIA E FOTOTERAPIA NO TRATAMENTO DE LESÃO POR PRESSÃO: UM RELATO DE CASO

Náthalie da Costa, Carolina Pereira Armborst, Tiago da Rosa Rambo, Camila Dubow, Angela Cristina Ferreira da Silva, Andréia Haag, Paula Bianchetti, Daiana Klein Weber Carissimi

Resumo


INTRODUÇÃO: As Lesões por Pressão (LPP) impactam sobre a qualidade de vida, independente de gênero, faixa etária e etiologia. Interferem na autopercepção, na vida social e no sistema de saúde. É preciso expandir as percepções e identificar quais os protocolos mais adequados para o tratamento destas alterações. Os recursos eletrotermofototerapêuticos associados a outras condutas são imprescindíveis no tratamento, pois auxiliam na melhora do processo cicatricial das lesões por pressão

OBJETIVO: Relatar a eficácia do tratamento com os recursos eletrotermofototerapêuticos no âmbito multidisciplinar em um Serviço de Reabilitação Física (SRFis).

RESULTADOS: L. H., feminino, 70 anos, branco, aposentada, cardiopata/hipertensa, pós COVID-19, permaneceu hospitalizada por 20 dias em cuidados críticos, desenvolveu LPP sacral não classificável. Medicamento utilizados: Varfarina 1x ao dia, Claritromicina 1x ao dia, Carvedilol 1x ao dia. No dia 26/04/2021 chegou ao SRFis para avaliação, observou-se necrose em toda a extensão da ferida (6cm x 10cm) a perilesão apresentava-se hiperemiada, com Escala Visual Analógica de Dor (EVA): 4. Realizou-se 9 atendimentos, 2x por semana. Inicialmente os componentes do serviço da área da enfermagem realizaram debridamento químico (Pomada de Papaína 10%), associado ao instrumental, retirando extensa área de tecido necrosado, após 3 sessões, uso de Kollagenase pomada. Nas condutas terapêuticas desenvolvidas por componentes da área de fisioterapia elegeu-se os seguintes recursos, de maneira intercalada nos atendimentos: LED azul-470nm (6 J/cm²), alta frequência; LED vermelho-660nm (5 J/cm²)  ou laser-660nm a 6 J/cm², após realizado fechamento da lesão com curativo. Em 5 atendimentos foi usado LED azul e vermelho e em 4 atendimentos foi usado alta frequência e laser. Dia 01/06/2021 a ferida já apresenta uma grande melhora na cicatrização com redução de sua extensão. Em 08/06/2021 a ferida apresentava 6cm x 5,5cm e com EVA: 0.

CONCLUSÃO: É notável a redução das medidas da LPP ao associar orientações da equipe multiprofissional quanto aos cuidados domiciliares de higiene da lesão, posicionamento correto do paciente, a fim de aliviar a pressão sobre o local da ferida. Ressalta-se a importância da  retirada gradativa de fraldas, nutrição adequada e o uso de antibioticoterapia, assim como o controle laboratorial, associado à terapia tópica e aos recursos eletrotermofototerapêuticos. Observou-se que em menos de 10 sessões obteve-se resultados satisfatórios no tratamento da LPP. Sabe-se que as LPPs variam de acordo com o paciente, podendo ser indicadores de qualidade de assistência, em contexto ambulatorial. Entretanto há necessidade de protocolos individualizados para o êxito do tratamento, além de contínuas pesquisas em amostras populacionais, em diferentes faixas etárias e etiologias.


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ISSN 2764-2135