AUTISMO: DOS PAPÉIS PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Elsa Müller, Bárbara Chrystina Maximiano Santos, Camilo Darsie de Souza

Resumo


Introdução: O autismo é definido, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma síndrome perceptível no nascimento ou nos trinta primeiros meses da criança. É identificado pela presença de respostas anormais a estímulos auditivos e/ou visuais e pela grave complexidade no entendimento da linguagem falada. Pessoa que vivem com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam inaptidão para o convívio social devido às linguagens corporal e verbal. Devido ao crescente aumento no número dos portadores dessa patologia, torna-se necessário entender como a educação em saúde colabora para a inclusão desses indivíduos por meio do processo de construção de conhecimentos referentes ao assunto junto à população em geral. Objetivo: O interesse da presente problematização é conectar a temática do autismo à prática de educação em saúde, fomentando reflexões acerca do assunto que possam promover melhores condições de inclusão para os sujeitos autistas e maiores conhecimentos para futuros profissionais da área da saúde. Método: Investigação qualitativa, descritiva, realizada por meio de levantamento de material bibliográfico em sitos da internet e bancos de dados como: Google acadêmico, Scielo e Pubmed. Além disso, foram analisadas cartilhas e sitios educativos disponibilizados por órgãos federais e estaduais. Foram tomados dois projetos como base para elaboração da análise: “Projeto TEA: Inclusão, Desenvolvimento e Autismo na Amazônia” e o site denominado “Descobrindo o Autismo”. Resultados e discussão: O “Projeto TEA” objetiva a integração da universidade com a gestão pública – municipal e estadual – a fim de capacitar profissionais da educação, saúde, assistência social e familiares para atuação como promotores da inclusão da população autista nos âmbitos escolar e social. Essa capacitação parte da utilização de materiais teórico-práticos e realização de cursos gratuitos que reflitam e discutam sobre inclusão, autismo e desenvolvimento infantil. Já no que diz respeito a análise do site “Descobrindo o Autismo”, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destaca-se que ele apresenta um panorama sobre o diagnóstico do autismo, a sensibilização e humanização com que esse transtorno deve ser tratado e relatos de pais com filhos portadores da patologia fomentando uma troca de experiências acerca do assunto. A partir da literatura referente à educação em saúde, que pressupões que diferentes agentes devam contribuir para as práticas de saúde – gestores, profissionais e população em geral – entende-se que os projetos se adequam aos preceitos das políticas públicas de saúde e educação brasileiras. Para além disso, em articulação, ações como as analisadas, tratam das especificidades das comunidades em que são desenvolvidas, critério fundamental para o sucesso destas estratégias.  Conclusão: Apesar de ser um tema antigo, não é muito debatido no campo da saúde a partir de uma lógica inclusiva ou humanitária. Assim, necessário ressalta-se a importância da educação em saúde para inserção de discussões acerca do autismo e para promoção não só de debates, mas também para contribuição da socialização de indivíduos portadores de TEA. Desse modo, irá se garantir os direitos humanos e dignidade, mesmo com todas as dificuldades impostas pelo transtorno, sem que seja necessário que enfrentem falta de assistência e de manejo técnico.


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ISSN 2764-2135