AVALIAÇÃO DO COMPRIMENTO DOS TELÔMEROS E PARÂMETROS BIOQUÍMICOS EM PRATICANTES DE CORRIDA DE RUA E DE CROSSFIT.

Dyovana Pastoriza Gonçalves, Andreia Rosane de Moura Valim, Lisiane Lisboa Carvalho, João Guilherme Simonis, Nathalie da Costa, Lia Gonçalves Possuelo, Luiza Rosa Nunes

Resumo


INTRODUÇÃO: Os telômeros são estruturas localizadas nas extremidades dos cromossomos que possuem papel de preservar a integridade do DNA e realizar a manutenção genética. O comprimento dessa estrutura pode variar de acordo com cada indivíduo, podendo ter fatores intrínsecos e extrínsecos que alteram o seu tamanho. A atividade física pode contribuir na velocidade de redução do tamanho dos telômeros, tendo em vista que promove melhora nas funções fisiológicas e diminui processos oxidativos que lesam as células. OBJETIVO: avaliar a diferença no comprimento dos telômeros entre praticantes de corrida e crossfit, correlacionando com parâmetros bioquímicos. METODOLOGIA: estudo transversal, descritivo e analítico, composto de dois grupos, sendo G1 composto por praticantes de crossfit e G2 por praticantes de corrida de rua. Foram coletados 10 mL de sangue de cada participante, sendo 5mL destinados para extração de DNA e análise dos telômeros e 5mL foi para análises bioquímicas. O comprimento dos telômeros foi avaliado por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real utilizando o sistema Syber Green™. Os parâmetros analisados nos exames foram colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL-C), triglicerídeos (TG) e lipoproteína de baixa densidade (LDL-C). A classificação utilizada para os parâmetros lipídicos foi descrita na Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2017) e da glicemia foi a descrita pelas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020). RESULTADOS: As análises bioquímicas foram realizadas em 59 amostras e os telômeros, até o momento, tiveram 9 amostras avaliadas. Entre amostras estudadas, 30 (50,8%) eram corredores de rua e 29 (49,2%) eram praticantes de crossfit. Os níveis HDL-c foram desejáveis em 83,1% dos participantes, sendo 25 (51%) do G2 e 24 (49%) do G1. No que ser refere ao CT, 37 (62,7%) amostras apresentaram resultados considerados desejáveis, 14 (23,7%) limítrofe e 8 (13,6%) alta. Entre as que apresentaram resultados desejáveis 19 (51%) eram do G2 e 18 (49%) do G1, enquanto entre as classificadas como limítrofe 7 (50%) foram do G1 e 7 (50%) do G2 e as altas tiveram 4 (50%) do G1 e 4 (50%) do G2. As classificações do LDL-c foram 45 (76,3%) como ótimo e desejável, 8 (13,6%) limítrofe, 6 (10,2%) alto e muito alto. Entre as amostras cujos resultados foram considerados ótima e desejáveis 23 (51%) eram do G2 e 22 (49%) do G1, das limítrofes 5 (62,5%) eram do G2 e 3 (37,5%) do G1, já as amostras cujos resultados foram alto e muito alto 2 (33%) era do G2 e 4 (67%) do G1. Quanto aos valores de glicemia, 56 (94,9%) dos participantes apresentaram valores considerados normais, 3 (5,1%) foram considerados pré-diabetes. Entre os praticantes com resultados normais de glicemia, 29 (51,8%) eram do G2 e 27 (48,2%) do G1, os pré-diabetes 1 (33%) estavam alocados no G2 e 2 (67%) do G1. Todas as amostras de TG apresentaram valores desejáveis. A análise preliminar dos telômeros mostrou que média de comprimento entre os praticantes do G2 foi 1,2 e para o G1 a média foi de 1,63. CONCLUSÃO: Com base nas análises bioquímicas, não há diferença importante entre os parâmetros analisados nas duas modalidades de atividade física. Apesar do número de atletas analisados com os telômeros ser pequeno ainda, observa-se que há variações metabólicas e genéticas considerando os praticantes de um ou outro esporte.


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ISSN 2764-2135