LABORATÓRIO DE EMPREENDEDORISMO E PRÁTICAS COMUNITÁRIAS B - DESAFIO COMO ACADÊMICA E COMO CIDADÃ
Resumo
O Módulo Laboratório de Empreendedorismo e Práticas Comunitárias B oportunizou a participação no desenvolvimento de um trabalho que teve como objetivo entender e, essencialmente, ajudar em melhorias no processo de atendimento a pessoas transgênero no Hospital Santa Cruz (HSC). Para compreender a realidade contou-se com a contribuição dos gestores do HSC. A pesquisa realizada foi qualitativa e buscou dados e informações que pudessem ajudar no entendimento do problema enfrentado pelo hospital, assim como uma maneira de solucioná-lo. Teve como objetivo buscar sugestões para reduzir a ocorrência de incidentes e assegurar um atendimento de qualidade aos pacientes, certificando-se que os cuidados, assistência, tratamento médico e pessoal estivessem sendo realizados da forma transparente, igualitária, segura e correta na instituição, desde a entrada desse paciente ao HSC até sua alta médica. A maior dificuldade do hospital é a inclusão do nome social do paciente no prontuário eletrônico, e para solucioná-la seria necessária a atualização do sistema mv2000i que é atualmente utilizado para armazenagem dos dados. Apurada essas informações, entendeu-se ser inviável no momento a sua atualização, então pode-se analisar outros pontos que também são importantes para a inclusão da população Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT). Foi proposto à gestão do HSC a construção de alas neutras e banheiros neutros, que favorece não só essa população como todos os pacientes que sentirem-se incomodados ao frequentar os femininos e masculinos, evitando assim preconceitos e olhares opressores lançados a eles, mostrando acolhimento e empatia com todos. A decisão do tema foi desafiadora, mas encarada com entusiasmo e determinação, desde sua escolha até às demais etapas que transcorreram. Pode-se afirmar que o trabalho foi realmente especial, devido ao fato de não podermos nos reunir pessoalmente para a troca de ideias e busca dos dados, bem como a falta da pesquisa em campo, feita de forma inteiramente remota devido a pandemia. A importância do entendimento principalmente dos gêneros, que por muitos é considerado um só, ou por vezes confundido, assim como as diferenças entre os termos que utilizamos no dia a dia, o esclarecimento de que o termo correto a ser pronunciado é orientação sexual e não opção sexual, bem como o real significado das letras que compõem a sigla LGBT. Foi importante conhecer os fluxos e os formulários de identificação dos pacientes de forma distinta, com as opções de gêneros alternativos, além de apenas o masculino e o feminino, bem como entender os tipos de transgêneros, as dificuldades dessa população e os problemas que enfrentam, tanto no atendimento em ambiente hospitalar, como em outros locais frequentados por eles. Participar do Laboratório de Empreendedorismo e Práticas Comunitárias B foi uma grande oportunidade como acadêmica, e principalmente como cidadã. Foi enriquecedor e uma experiência única, proporcionou outro olhar para os transgêneros, dando entendimento de suas dificuldades e, sobretudo da discriminação que sofrem em todos os lugares, no tratamento dado a eles no dia a dia, visto a falta de conhecimento e de informação e em especial, a necessidade das instituições, escolas, empresas em geral terem um espaço para que se sintam acolhidos e inseridos nos ambientes.
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ISSN 2764-2135