ABORDAGEM DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DE PÉ DIABÉTICO

Kiandra Thomé, Angela Cristina Ferreira da Silva, Sander Ellwanger, Kelvin Silveira da Silva, Adriane dos Santos Nunes Anacker, Leticia Luzia dos Santos Fernandes

Resumo


O termo pé diabético é uma expressão, do estado fisiopatológico, utilizado para indicar ulceração, existência de infecção e tem por característica, lesões no pé que podem evoluir para perda de tecido cutâneo em pacientes portadores Diabetes Mellitus (DM), podendo ser associado, nos casos mais graves, à neuropatia diabética. Essa é uma das complicações mais recorrentes em pacientes que não têm o hábito de controlar seus níveis glicêmicos, causando um grande desconforto ao paciente para deambular, gerando efeitos socioeconômicos e, afetando sua qualidade de vida. OBJETIVO: Descrever as experiências vivenciadas por acadêmicos do Curso de Enfermagem e Fisioterapia - UNISC, no atendimento multiprofissional a um paciente portador de ferida em membro inferior, decorrente da doença DM. METODOLOGIA: Estudo de caso realizado durante as atividades multidisciplinar no Ambulatório de Feridas no Serviço de Reabilitação Física (SRFis) da Universidade de Santa Cruz do Sul. RESULTADO: Paciente L.L.M portador de DM, tipo II, 72 anos, sexo masculino, deambula com auxílio de muletas canadense, com lesão aberta, em membro inferior esquerdo, há 7 anos, sem bons resultados até o momento, por isso a procura pelo SRFis, segundo relatos do paciente. A lesão foi consequência  de um acidente, ao pisar em um prego, no pátio de sua residência. Em 29 de Abril de 2022, após avaliação, ingressou no SRFis, com atendimentos semanais. A lesão apresenta 4cm de comprimento e 4cm de largura, irregular, cavitária, com ausência de secreção,  hiperqueratose em perilesão e leito da ferida com tecido desvitalizado, até o momento não apresentou melhores resultados, devido sua alimentação e um controle glicêmico ineficaz. Nos atendimentos a enfermagem inicia realizando a antissepsia com soro fisiológico (SF) 0,9%, gaze e, em sequência, é realizado a aplicação de métodos eletroterapêuticos pela fisioterapia, os recursos eletroterapêuticos utilizados nos atendimentos são o alta frequência Ibramed, com eletrodo esférico pequeno por aproximadamente 10 minutos, com o objetivo de limpar e preparar a ferida para o processo de cicatrização realizado com laser portátil ILIB na frequência de 6J/cm em toda a área da ferida. Após a intervenção eletroterapêutica, aplicar Hidrogel, mantido hidratação da pele com óleo essencial de eucalipto em base carreadora de óleo de girassol, coberta com gazes, atadura e fixação. CONCLUSÃO: Este estudo teve como pontos marcantes as orientações multidisciplinares quanto a higiene e cuidados cotidianos do paciente, da ferida e a importância de uma alimentação adequada e saudável. Além disso evidencia-se que os atendimentos com os recursos eletrotermofototerapêuticos são importantes no processo de aceleração cicatricial e desta forma, contribuem para que as discussões multidisciplinares do caso sejam profícuas e busquem, aprimorar a terapêutica as quais são fundamentais para o êxito do tratamento.

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ISSN 2764-2135