ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTE HIPERTENSO: RELATO DE CASO

Bruna Pereira Silveira, Ediberto de Oliveira Machado, Lisoni Muller Morsch, Danielle Cristina Luiz da Silva, Mênia Brandenburg Back, Roselene Luisa Mees, Naiele Cristine Spanevello, Renata Luiza Scherer

Resumo


A hipertensão arterial (HA) é uma das causas de aumento da morbidade e mortalidade na população mundial, onde ocorre o aumento anormal, por um longo período, da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo. Essa pressão é apresentada em milímetros de mercúrio (mmHg), onde o indivíduo é considerado hipertenso quando sua pressão fica maior ou igual a 140 por 90 na maior parte do tempo. É a partir desse limite, que existe grande risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares como o infarto do miocárdio e ausência vascular cerebral. O Ministério da Saúde elaborou diretrizes priorizando a vinculação dos pacientes às unidades básicas de saúde para tratamento e acompanhamento dessas doenças crônicas por meio do acompanhamento da terapia medicamentosa, nas quais recomendam garantir a adesão à terapia medicamentosa de forma eficaz e segura. O presente estudo tem como objetivo apresentar o relato de uma paciente do sexo feminino, idade 54 anos, portadora de HA, fazendo uso de dois anti-hipertensivos orais e um antidepressivo, inserida no serviço farmacêutico de acompanhamento farmacoterapêutico da Farmácia Escola da UNISC. Os dados objetivos e subjetivos da paciente foram analisados por meio de entrevista, usando um prontuário de consulta farmacêutica elaborado por estagiários do setor durante a realização do estágio obrigatório do Curso de Farmácia. Durante o acompanhamento farmacoterapêutico, foram identificados problemas relacionados aos medicamentos, entre eles a falta de adesão ao tratamento farmacológico e o desenvolvimento de efeitos indesejados associados ao uso do medicamento.  Observou-se que a paciente está com excesso de peso, especialmente, por não ter um acompanhamento nutricional e não praticar atividade física. Trabalha como secretária e sente-se estressada durante o horário de trabalho, relatando também que dorme poucas horas de sono durante a noite. Diante disto, foi possível avaliar o caso clínico, estabelecendo intervenções farmacêuticas através da elaboração de um plano de cuidado, fornecendo instruções quanto ao estado de saúde e encaminhamento ao médico, para realizar novos exames laboratoriais para monitoramento da sua condição de saúde. Além disso, buscou-se reforçar a necessidade do uso adequado dos seus medicamentos, considerando a dose, horário e tempo de tratamento, para que então se tenha um controle da respectiva doença. Por fim, destaca-se como sendo imprescindível as mudanças de hábitos de vida dos indivíduos hipertensos para contenção desta doença considerada até o momento crônica e incurável. Porém, tais mudanças dependem tão somente do paciente uma vez que partem de decisões individuais. De modo geral, conclui-se que o acompanhamento farmacoterapêutico é uma ferramenta clínica que também permite a realização de educação em saúde, além da resolução de problemas relacionados à farmacoterapia e o alcance dos objetivos terapêuticos, trazendo benefícios diretos à saúde e qualidade de vida da paciente.

 


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135