PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DO PROJETO DE EXTENSÃO “OFICINA DE SAÚDE NA HIDROTERAPIA” PÓS-PANDEMIA

Ana Carolina Severo, Bruna Eduarda Diehl, Daniela Lopes da Silva Morinélli, Patrícia Oliveira Roveda

Resumo


Introdução: A fisioterapia aquática (FA) também conhecida por hidroterapia, é reconhecida como uma das especialidades da Fisioterapia, a qual caracteriza-se pelo uso da água aquecida como propósito preventivo e terapêutico. As propriedades físicas da água e os efeitos fisiológicos da imersão promovem benefícios, dentre eles o alívio da sobrecarga das articulações que sustentam o peso corporal e a melhora dos movimentos gerados pelo empuxo, analgesia para pacientes álgicos, uma vez que a água aquecida promove relaxamento, entre outros. Há 14 anos, a Universidade de Santa Cruz do Sul, sedia o projeto de extensão auto sustentável “Oficina de Saúde na Hidroterapia” na Clínica Escola Fisiounisc, sendo a responsável uma docente fisioterapeuta licenciada. Há a participação de estudantes bolsistas em processo de formação. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no projeto “Oficina de Saúde na Hidroterapia” no retorno pós pandemia. Método: Trata-se de um estudo caracterizado por delineamento quantitativo observacional descritivo. Neste estudo realizou-se uma pesquisa com 30 pacientes, da cidade de Santa Cruz do Sul e outras do Vale do Rio Pardo, por meio de consulta e análise de fichas de avaliação fisioterapêutica. Foram identificados nos prontuários o gênero, a idade, as principais queixas e diagnósticos clínicos e as alterações posturais mais frequentes. Os pacientes concordaram com o uso de seus dados por meio de Termo de Consentimento no momento da avaliação inicial. Resultados: Observou-se maior predominância de pacientes do sexo feminino, dos 30 pacientes atendidos 90% são mulheres. Constatou-se ampla faixa etária, variando entre 33 e 76 anos (média de idade = 54,5), cujos motivos da procura do serviço está relacionado, especialmente, a quadros álgicos de origem multifatorial, cujos diagnósticos clínicos são, predominantemente, artrose na coluna vertebral, fibromialgia, osteoartrose de joelho, discopatia degenerativa, hérnia discal e perda de cálcio ósseo (osteopenia e osteoporose). As alterações posturais estáticas mais encontradas foram cabeça e tronco inclinados, ombros elevados e protusos, abdômen flácido e globoso, hiperlordose lombar, hiperextensão de joelhos e escoliose. Nenhum dos pacientes apresentou comorbidades que fossem contraindicações absolutas da imersão, apenas relativas, dentre elas, a hipertensão arterial sistêmica com controle medicamentoso informada por 27% dos pacientes. Conclusão: Este trabalho tem relevância, tendo em vista que fornece um perfil epidemiológico das pessoas que têm buscado a fisioterapia aquática em uma Instituição de Ensino Superior Comunitária. Constata-se que mulheres buscam mais assistência à sua saúde quando comparadas aos homens e a área dos diagnósticos mais encontrados é a reumatologia. O estudo ainda permite um maior conhecimento acerca das pessoas que buscam e frequentam esta terapêutica que promove bem estar.

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ISSN 2764-2135